365 dias? a sério?

2015 foi desafiante, foi apaixonante, foi transformador, foi… Comecei este ano a ver How I Met Your Mother, na cama, sozinha. Comecei bem mas rapidamente o ano ficou muito mal. Desmotivei-me, reprovei a três disciplinas e percebi que precisava de meter a cabeça no sítio. Fiz terapia de choque comigo mesma: ou recuperas a motivação ou mais vale desistires já… e tu não és de desistir. Questionei se valia a pena, questionei a minha motivação e os meus objectivos, questionei toda a minha vida. Resultou. Não foi fácil encontrar o foco e isso notou-se na minha vida pessoal e no meu blog da altura. As crises de identidade do Escrevi-te um Blog ao longo do primeiro semestre de 2015 vieram todas de crises de motivação e foco da minha parte. Fiz o que tinha de fazer: três recursos. Um chumbado, dois passados. Com muitas lágrimas de frustração e muitos nervos à mistura.

Decidi que este ano não podia continuar a viver naquela espiral negativa em que, por vezes, caía. Tentei tornar-me corredora mas, de facto, corrida não é para mim. Descobri o yoga e apaixonei-me. Voltei a sentir-me bem comigo mesma, como não me sentia há tanto, tanto tempo. Nunca usei tanto batom como este ano e torna-se cada vez mais difícil dispensá-lo. Aprendi a gostar de mim, mais do que gostar dos outros. Encontrei paz de espírito e outras coisas. Tornei-me melhor pessoa. Gosto mais de mim agora.

2015 curou, por fim, o meu coração partido e deu-me um coração maior, cheio de amor para dar. Nem tudo o que perdemos é um perda e a prova disso foi o ter deixado que uma pessoa que tinha sido tudo para mim saísse, por fim, da minha vida. O melhor disto foi que, quando menos esperava, depois de ter fechado esta porta, se abriram muitas outras portas e o inevitável aconteceu. Apaixonei-me sem querer, se é que isto é paixão. Recebi um daqueles beijos, à filme, que nos deixam presos àquele momento por muiiiiiiito tempo. Não sei o que vai resultar disto mas, pela primeira vez, sei que estou de corpo e alma no presente, sem qualquer fantasma do passado a fazer-me recuar.

Em 2015 não escrevi nenhum livro, nem me forcei a fazê-lo, mas li 54 livros. Conheci duas seguidoras do blog. Os D.A.M.A juntaram-me à Sara e à Daniela, que se tornaram muito mais do que minhas amigas, e tornaram-se parte da família depois de passar um fim-de-semana com eles (e de andar de avião pela primeira vez, woohoo!). Deles guardo muito mais do que os três concertos a que assisti este ano. São das melhores pessoas que já conheci e não podia ter mais orgulho neles (e não estou só a falar dos três rapazes que cantam).

Além deles, tive grandes pessoas comigo este ano, mesmo a milhares de quilómetros: o Johnny (que vocês conhecem como Jota) tornou-se num dos meus melhores amigos blogosféricos e provou-me que os blogs nos dão muitas coisas boas. Tive também as minhas girls (as Catarinas e a Inês), sempre a aturarem a minha parvoíce, assim como as minhas outras girls: a Bárbara e a outra Inês (que a minha mãe já conhece como a rapariga com quem eu falo muito ao telefone, até muito tarde); e, claro, sem nunca esquecer os rapazes, neste caso o Ruben, que esteve ausente grande parte do ano mas nunca deixou de estar presente e que me disse uma frase daquelas para nunca esquecer: há comboios que só passam uma vez.

Este ano consegui ter três meses de férias de Verão, comecei a recuperar do meu trauma dos abraços, vi futebol e chorei para caraças com o Porto. Tomei a melhor decisão da minha vida ao criar este blog e não podia estar mais orgulhosa do percurso destes últimos cinco meses. Fui mais feliz este ano e sei que não o teria sido se não tivesse decidido que não precisava de ninguém além de mim para ser feliz. Aprendi que, por muitos planos que façamos, a vida tem planos próprios para nós e aquilo que pensamos ser um dia normal pode acabar a ser o dia que mudou a nossa vida.

16 Replies to “365 dias? a sério?”

  1. Comecei a ler esta publicação já com um sorriso nos lábios, pois eu sabia que vinham daí grandes aprendizagens e momentos marcantes. Nota-se que cresceste imenso e fico feliz por ter estado no backstage de alguns momentos que aqui referiste. Que em 2016 eu possa viver pelo menos um contigo!

    Acredita que fiquei surpreendido a ver o meu nome nesta publicação, pois apesar de me teres falado disso, eu esqueci totalmente esse detalhe e fui lendo com a maior calma e atenção do mundo. E que bom ver ali uma referência ao Johnny! Sabes que te adoro imenso e espero criar memórias especiais contigo neste ano que se avizinha. És incrível <3

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