Este ano fui do extremo de passar dias sem escrever ao extremo de escrever milhares de caracteres todos os dias. No final, escrevi centenas de textos: uns no blog, outros na ESCS MAGAZINE, no Ardinas24 e ainda no CPR. Fui mini-jornalista, mini-cronista, mini-blogger e mini-escritora. Por isso, seria injusto e redutor falar-vos só do que publiquei no blog quando, na realidade, podem ler outras facetas minhas e há muitos textos que gostei de escrever e não foi no blog que o fiz. Por isso, reuni os meus textos preferidos do ano. Os do blog e os outros, com alguns destaques jornalísticos (e com a esperança de que em 2017 haja muito mais jornalismo para lerem da minha parte). Quais foram os vossos textos (ou temas de textos) preferidos no A Sofia World?
Quantas Coisas Não Fizeste Por Causa Dos Outros
Ao longo do último ano (talvez ano e meio) acho que me tornei diferente. Isto é capaz de soar estranho mas não é. Cresci, mudei, ganhei uma nova noção de mim e afastei-me de muitas pessoas tóxicas. Comecei a ser mais eu, a ter menos medo de arriscar ser eu. Talvez o devesse ter feito há mais tempo porque o resultado foi aproximar-me de pessoas incríveis e talvez surpreender algumas pessoas que me achavam mais antipática ou algo do género. Eu percebo, eu sei que dou essa impressão, mas fui dissipando isso e acho que foi assim que acabei por conquistar pessoas e mostrar de que era feita, por assim dizer, e, garantidamente, foi assim que me aproximei da pessoa mais improvável da minha vida. Deixei de ter em conta os outros e agora, ao reler este texto, dou por mim a sorrir com a certeza de que, mesmo que me tenha despedido do Snapchat, sinto-me muito mais confortável na minha pele hoje do que me sentia há uns anos. E isso é o melhor sentimento que podemos desejar.
Podia Ser Amor | para o CPR
Este ano escrevi pouco no CPR. Acho que foi uma junção de não sei o que escrever com já não sei escrever e acabei por escrever mesmo pouco. Estive meses sem escrever para lá, o que é a maior parvoíce de sempre porque o projecto é tão bom para dar asas à criatividade e para nos desafiarmos. Ainda assim, escrevi algumas coisas por lá e este foi o meu texto preferido. Não por ser melhor do que algo que já tenha escrito mas porque foi escrito de uma forma positiva, com o coração calmo e com certezas. E porque, lido hoje, sei que nunca teria sido amor, mas podia. Oh, se podia!
10 Mandamentos Para As Viagens De Intercidades
Foi escrito para a ESCS MAGAZINE mas apresento-vos a versão que veio parar ao blog. Diverti-me realmente a escrever este texto porque a ideia veio toda em poucos minutos de uma viagem de comboio e há algum tempo que não escrevia algo assim, descontraído. Aliás, as viagens de comboio sempre foram uma boa forma de ganhar inspiração, umas vezes com melhores ideias do que outras, mas, ainda assim, uma boa forma de ganhar inspiração. Já sabem, isto são mandamentos para respeitar, sob pena de, caso cometam algum deslize, serem julgados em praça pública… por mim, pelo menos.
O Jogo Ainda Agora Começou | para a ESCS MAGAZINE
Foi o último artigo que escrevi para a secção de Música, a primeira para a qual escrevi quando entrei no núcleo magazineano. Não foi escolhido ao acaso. Sabia que queria sair da secção em grande e uma reportagem sobre a apresentação do álbum do meu querido CASUAR: era a oportunidade ideal para o fazer. Fui para lá de gravador na mão, pronta a dar tudo como mini-jornalista e acho que sucedi porque o Rui respondeu-me com uma mensagem muito simpática e querida, que me mostrou que o trabalho tinha sido bem feito! Falei com pessoas, tentei captar o ambiente da melhor forma e ouvi grande música. Se há reportagens de que me vou orgulhar durante muito tempo, esta é uma delas.
Os Segredos Das Malas Das Mulheres | para a ESCS MAGAZINE
Foram precisas algumas semanas para eu aceitar entrar para a Magazine. Estava no final do 1.º ano, já tinha alguns amigos na ESCS e o Ruben não parava de me perguntar quando é que eu entrava para a Magazine. A sério. Sempre que se sentava ao meu lado nas aulas, principalmente nas de História, o rapaz perguntava-me quando é que eu ia para a Magazine. Um dia sucumbi e disse-lhe: ok, podes falar com a directora. Não imaginava que aquela frase mudasse tanto na minha vida. Escrevi para a ESCS MAGAZINE durante dois anos, mais de sessenta artigos em Música, Literatura e Opinião. A Sílvia (directora quando eu entrei) e a Joana (a minha primeira editora de Literatura) acabaram por se tornar numa espécie de mães escsianas para mim. Ensinaram-me muito e confiaram em mim quando nem eu confiava.
Quando a Sílvia e a Mariana me convenceram a pegar numa secção como editora eu achei que elas tinham perdido o juízo. Mas confiaram em mim e foi bom. Aprendi muito do que sei hoje sobre jornalismo e escrita na Magazine mas aprendi ainda mais com as pessoas com quem me cruzei graças a este projecto: a Madalena, a Rita e a Inês tornaram-se mais do que colegas de equipa e foram minhas amigas. A Sílvia e a Joana tornaram-se, como já disse, as minhas mães escsianas. A Mariana foi um exemplo e com os meus editores de Música (o João, o Zé Pedro e a Mariana) consegui sempre falar de mais do que os meus artigos, trocando considerações musicais. Conheci D.A.M.A através da Magazine. Foi assim que o Salvador me passou a tratar por a fotógrafa e que eles aprenderam a conhecer-me como a Sofia de Trancoso. Quando escrevi este artigo, o último, bateu-me de repente a sensação de que estava tudo a terminar: a Magazine, a ESCS, o curso, as pessoas. Faltava um mês. Despedi-me da Magazine assim e, sinceramente, acho que foi o melhor artigo que escrevi em Opinião.
Escrevi este texto depois da Bênção. Enquanto via fotos no Instagram dos meus colegas a jantar fora e afins, eu e a mami estávamos em casa. Tinha o meu hoodie lindo da ESCS vestido, que a Sílvia me tinha entregado umas horas antes, e comecei a escrever. Na realidade, eu tinha todo um texto escrito para o dia da Bênção, escrito mais de um mês antes, sobre finais e recomeços. Mas não fazia sentido, não era real. O último mês de ESCS foi forte, com ataques de ansiedade, com os meus abraços preferidos, com demasiadas lágrimas (tudo soava a despedida) e com vontade de reviver tanta coisa. Aproveitei o melhor que pude, fiquei pela ESCS durante horas, estive com as minhas amigas, passei mais tempo na AE nesse mês do que no curso todo, fui à SAL, fui ao festival da Tuna e só não fui ao arraial porque não houve. Um mês parece curto mas vivi tanto nesse mês! O meu momento preferido do ano aconteceu neste mês, o meu acto mais corajoso de sempre aconteceu neste mês, soube quem eram os meus amigos neste mês, perdoei pessoas que me desiludiram ali neste mês. Um dia sonhei que a ESCS ia ser a minha casa e ninguém acreditou. Depois, passou a ser a minha casa mas eu não me sentia em casa. E, no fim, estava a despedir-me da minha casa como quem se despede de um bocado da própria vida. Obrigada pelas pessoas lindas que me trouxeste, ESCS!
Balada Dos Livros Que Não Lemos
É um dos meus textos preferidos de sempre, sinceramente. Ainda há uns dias divaguei sobre isso no Twitter. Acho que tem sido cada vez mais fácil para mim escrever sobre sentimentos passados do que escrever sobre sentimentos do presente, talvez porque o que já passou já está arrumado. Este, no entanto, é sobre o presente. E é por isso que gosto tanto dele. Além de ser quase um exemplar único do presente, sei que este continua a ser o meu livro preferido e continuo a sorrir muito quando releio o texto.
Rio 2016: Balanço do Ténis | para o Ardinas24
Talvez não seja óbvio à primeira vista o porquê de este ter sido um dos textos que mais gostei de fazer. Na verdade, confessei algumas vezes ao longo do ano o quanto gosto de ténis e este ano, além de ter visto mais ténis do que o habitual (graças à minha desilusão com o futebol), tive oportunidade de escrever muito sobre isso. Fiz a cobertura do US Open, em Setembro, mas acho que foi o balanço da modalidade olímpica que me fez mesmo ficar feliz por poder escrevê-lo. Em Agosto respirei ténis, por assim dizer. Tudo o que dava na televisão eu via. Tudo o que não dava na televisão eu arranjava forma de ver. Sofri com o João Sousa e com o Gastão Elias, fiquei triste com o Djokovic e abismada com o del Potro e a Monica Puig. Aprendi muito sobre ténis nos dois últimos anos e escrever este balanço foi uma forma muito útil de justificar as horas que passei agarrada à televisão e ao computador por causa de ténis.
Coisas Que Aprendi Na Universidade E Que Ficam Para Sempre
Quis escrever este post muitas vezes mas nunca parecia a altura certa. Então, em Setembro, enquanto uns começavam um novo ciclo, eu fechei o meu. Foram 31 aprendizagens mas, sinceramente, foram muito mais do que essas e muitos mais momentos que me fizeram sentir o coração cheio. Ainda hoje releio a lista e sei que aprendi realmente muito e que talvez todas as pessoas que disseram que eu cresci tenham razão. Cresci e aprendi muito, mas não fiz nada sozinha e esta publicação tem um bocadinho de mim e de todas as pessoas com quem me cruzei. O ponto 15, por exemplo, deixa-me com um sorriso enorme, pela pessoa a quem me refiro; o 19 gostava de ter aprendi logo no início; o 23 fez-me ficar completamente em choque (devo ter corado e tudo) no meio de uma aula em Novembro ou Dezembro; o 25 foi o que me aproximou de algumas pessoas importantes; o 29 foi a coisa mais útil da minha vida; e o 30 e o 31 deixam-me num misto de sentimentos agridoce. Mas é tão bom!
Oh Well, Whatever, Nevermind! | para o Ardinas24
Escrever sobre um dos álbuns da minha vida é motivo mais do que suficiente para este ser um dos meus textos preferidos do ano. O Nevermind, dos Nirvana, já tinha sido tema aqui no blog, mas escrever novamente sobre o álbum foi muito bom. Talvez já tenham notado que a música é uma das áreas sobre as quais mais gosto de escrever e tem sido bom ter oportunidades para o fazer, seja de forma mais descontraída ou de forma mais jornalística.
10 Sinais De Que Uma Saída Vai Correr Mal
Não imaginam o quanto me diverti com esta publicação tão descontraída sobre saídas à noite. Primeiro porque todos os factos são verídicos e segundo porque nunca tinha pensado neles de forma tão divertida. E o melhor é que recebi algumas mensagens de pessoas que se riram a lê-la, provavelmente não tanto quanto eu me ri a recordar cada episódio, mas, ainda assim, riram. Também vale a pena ter um blog quando escrevemos coisas mais leves e fazemos rir alguém. Vale muito a pena!
21 coisas que aprendi com 21 anos
Gosto sempre de escrever este tipo de publicações. Permitem-nos reflectir sobre nós e sobre a nossa vida e é excelente tirar um bocadinho para o fazer. Os meus 21 não foram fáceis e acho que aprendi muito com eles. Era impossível não o fazer. No final, ficou a vontade de estar por cá muito tempo, a contar-vos o que vou aprendendo.
oh sofia! obrigada por partilhares textos tão lindos connosco. adoro todos – todos mesmo- que escreveste sobre a universidade! e arrepio-me sempre que os leio, obrigada mesmo!
Obrigada pelas tuas palavras sempre tão queridas!
Adorei muito acompanhar o teu blog este ano e ler os teus maravilhoso textos :).
O " Antes Morrer" foi, sem dúvida, o meu preferido!
Continua o teu excelente trabalho :).
Beijinhos,
Cherry
Blog: Life of Cherry
Oh, muito obrigada!! 🙂