daylight

Gosto cada vez mais destas publicações sobre o que li em cada mês e só lamento não as ter começado mais cedo! Este mês, curiosamente, todos os livros que terminei foram lidos em formato digital, embora não tenha lido exclusivamente ebooks. O Depois do Fim, que comecei no final de Fevereiro, foi-me acompanhando ao longo do mês, mas não consegui terminá-lo. Sabia que ia ser uma leitura longa, mas não sabia que ia ser tão longa! Quando o terminar e vos falar sobre ele vão perceber porquê. Também comecei o Breve História de Quase Tudo há uns dias e devo terminá-lo nos primeiros dias deste mês. Em Fevereiro, comecei uma saga, que ainda não sei se vou continuar, li uma trilogia e ainda um ebook de uma blogger escocesa e outro de uma autora portuguesa. Vamos a isto?

THE FRENCH GIRL IN NEW YORK, de Anna Adams

O motivo pelo qual comprei este ebook é simples: era gratuito na Kindle Store. Como era gratuito não perdia nada em comprar, mesmo que o livro mostrasse ser aborrecido ou realmente mau. Não foi o caso. É um bocadinho uma Cinderella Story, da miúda, a Maude, que perdeu os pais e é adoptada mas os pais adoptivos tratam-na como se fosse a criada deles, até que, numa visita de estudo a Paris, a Maude canta num pequeno café e é descoberta por um produtor americano que adora a voz dela e arranja uma forma de a levar para Nova Iorque, para ela gravar um álbum. É o primeiro livro da série The French Girl e, embora não seja um mau livro, não sei se vou continuar a série, porque achei a história muito previsível e um pouco mais infantil do que queria ler num young adult. Ainda assim, todas as referências musicais, de música mais clássica e a música mais contemporânea, tornam o livro muito mais bonito.

1Q84 – livros 1, 2 e 3, de Haruki Murakami

I finally did it! Disse-vos que ia ler o primeiro livro e depois decidia se continuava e olhem… lá se passaram duas semanas de leituras! A trilogia gira à volta de Tengo e Aomame, cujos pontos de vista são intercalados nos dois primeiros livros. No terceiro livro, além do Tengo e da Aomame, há ainda o ponto de vista de Ushikawa. O Tengo é professor de matemática e aspirante a escritor. Graças a isso, é incentivado a re-escrever uma história que está a concurso para receber um prémio. Quando Tengo decide aceitar o trabalho de re-escrever A Crisálida do Ar aproxima-se de Fuka Eri, a autora, e tenta perceber até que ponto aquilo que é retratado n’A Crisálida do Ar pode ser real. Ao mesmo tempo, Aomame é instrutora num ginásio e trabalha para uma senhora de alguma idade como assassina de homens que, de alguma forma, tenho exercido algum tipo de violência contra mulheres.

Não posso dizer muito mais sem vos dar spoilers sobre a história, no entanto, tanto o primeiro como o segundo livro terminam com finais abertos, que dão vontade de iniciar logo o livro que se segue. O meu preferido (e que li mais rápido também) foi o segundo volume. O terceiro, até mais ou menos ao meio, custou-me um bocado mais a ler, de tão surrealista que a história parecia estar a tornar-se. Surreal é, na verdade, uma boa palavra para a trilogia, que nos deixa muitas questões quando termina e que, definitivamente, nos deixa a pensar sobre o que é ou não é real.

*Comprar: LIVRO 1 | LIVRO 2 | LIVRO 3

MY BLOGGING SECRETS, de Amber McNaught

Tinha este ebook por ler há quase um ano e meio. Passou tanto tempo que eu nem me lembrava dele (tinha-o no Kindle porque enviei para lá todos os meus ebooks) e só me cruzei com ele quando, há umas semanas, estive a organizar a minha biblioteca do Kindle em colecções. A Amber é blogger, no Forever Amber, e este livro fala sobre como ela se tornou full-time blogger e como começou a ganhar dinheiro com o blog, além de outras dicas igualmente úteis para quem já tem um blog. Confesso que o maior motivo para eu ler livros sobre pessoas cujo principal ordenado vem de um blog não é o achar que vou fazer o mesmo mas sim gostar de ler as histórias de vida dos outros bloggers.

HÁ PESADELOS QUE NOS FAZEM ACORDAR, de Joana Veríssimo

Acompanho a Joana, online, há uns 7 anos. Identifiquei-me logo com ela por aquilo que ela escrevia e porque queríamos tirar o mesmo curso na universidade. Escrever um livro era um sonho da Joana (lembro-me tão bem de falarmos disso quando publiquei o meu primeiro!) e só o facto de estar a ler esse sonho deixa-me muito feliz!

Este livro, composto por várias crónicas, fez-me lembrar uma versão de mim que já não existe e aqueceu-me o coração ver que a Joana ainda escreve assim! Apesar de, em algumas partes, me fazer lembrar Chagas Freitas (e eu e os livros dele não somos muito amigos), acho que a Joana tem uma capacidade de escrita ainda melhor. O meu capítulo preferido é o que contém os textos dedicados ao avô. Foi nessas páginas que vi a maior dose de amor de todo o livro.

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O que leram em Fevereiro?