A March Madness é real… e também funciona com livros! O meu mês de Março foi cheio de livros, mas a maioria foi, na verdade, composta por young adults leves e rápidos de ler. O objectivo era apenas o de terminar (finalmente) o Depois do Fim e também o Breve História de Quase Tudo, algo que cumpri. Além disso, auto-desafiei-me a ler a bibliografia completa da Rainbow Rowell. Porquê? Ninguém sabe dizer. Num minuto estava a pensar em reler o Eleanor & Park e no outro estava a colocar os ebooks no Kindle e a comprar o que me faltava por 3€ (sim, leram bem, três euros!). Decidi lê-los por ordem de publicação, por isso comecei pelo Attachments e, posteriormente, reli outros dois. Sobre os outros, os que faltam, falamos no final da publicação! Também terminei, ontem à noite, o Call me by your name, mas ainda não sei o que dizer sobre ele no momento em que estou a escrever por isso falamos dele depois. Agora vamos lá ao que li este mês (aviso já que li muito!).
MARÇO ’18 EM LIVROS
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ATTACHMENTS, de Rainbow Rowell
Começo a acreditar que a Rainbow Rowell só escreve histórias fofas. Neste romance, temos três personagens centrais: o Lincoln, a Beth e a Jennifer. O Lincoln trabalha à noite num jornal, como supervisor de segurança na internet. O que ele não sabia é que esse trabalho iria incluir ler os e-mails dos funcionários do jornal que eram filtrados pelo servidor. Beth e Jennifer, apesar de saberem que os seus e-mails estão a ser monitorizados, continuam a conversar naturalmente por esse meio, sem que Lincoln tenha coragem de lhes enviar um aviso porque ler os e-mails delas o faz sentir próximo de Beth e apaixonado pela personalidade que vê naquelas mensagens.
É uma história fofa, que me fez lembrar um dos episódios de How I Met Your Mother sobre a teoria Dobler/Dahmer, ou seja, a linha ténue entre o fofo e o perturbador. Neste caso é fofo, claro. Foi o primeiro livro da Rowell com personagens adultas que li e gostei muito do humor que ela empregou à história e aos diálogos. Acho que quero ser a Rainbow Rowell quando for grande.
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DEPOIS DO FIM, de Paulo Moura
Demorei praticamente um mês e meio a terminá-lo. É um livro pesado, tanto pelo tamanho como pelo conteúdo, e custou-me ler, até que decidi que não ia ler outra coisa enquanto não o terminasse. Com um relato de guerras desde 1991, lembro-me de alguns dos confrontos, claro, noutros ainda não tinha nascido. Aquele que mexeu mais comigo e foi o conflito no Darfur, mas não foi só aí que li relatos que me deixaram um nó na garganta e que me faziam não conseguir ler mais do que meia dúzia de páginas antes de precisar de parar e tentar assimilar este mundo estranho e complicado em que vivemos, principalmente com tudo o que se passa na Síria.
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ELEANOR & PARK, de Rainbow Rowell
Eu já o tinha lido e até vos falei sobre ele nos primórdios do blog, aqui, mas achei que não fazia sentido dedicar-me à bibliografia da Rowell se não fosse para ler tudo de seguida, admirar a evolução da escrita dela e isso tudo. Assim, dediquei à história da Eleanor e do Park. O livro é contado pelos dois, alternadamente, e é uma história querida, que começa como uma paixoneta de escola, mas rapidamente compreendemos que há muito mais na vida de ambos, desde o padrasto abusador da Eleanor ao pai exigente do Park. E o final… sabem, o final é aquilo que tinha mesmo de ser e é maravilhoso!
BOA NOITE, de Pam Gonçalves
Porquê reler o Boa Noite tão pouco tempo depois de o ter lido? Primeiro, porque o sugeri ao Jota; depois, porque precisava de ler livros do mesmo género do que estou a escrever enquanto fazia uma pausa na escrita, tal como vos contei no último diário de escrita. Antigamente, optava por livros diferentes, agora não me faz diferença, por isso este pareceu-me uma boa opção. Já vos falei dele aqui, por isso não me vou alongar muito sobre a história. Digo-vos apenas que a mensagem do livro é importante e que vale a pena procurarem o livro (em Portugal ainda não existe; eu comprei ebook).
P.S.: FICAS COMIGO?, de Diogo Simões
Sabem quando estão a meio de uma história e há um plot twist que vos deixa literalmente de boca aberta, sem conseguir reagir durante uns minutos e que vos deixa a murmurar expressões muito elaboradas como: mas que, como é que, mas isto, etc.? Pois, aconteceu-me com o plot twist do livro do Diogo! O P.S.: Ficas comigo? é contado em forma de diário e com dois narradores alternados: a Sofia (nome muito giro, diga-se de passagem!) e o Pedro, que se conhecem numa saída nocturna, na cidade de Leiria. O Pedro fica apaixonado pela Sofia e a Sofia… bem, fica apaixonada pelo melhor amigo do Pedro. A história é curta e lê-se muito bem. A grande vantagem? Podem lê-la quando quiserem, porque está no Wattpad. Foi o primeiro livro que li na plataforma (comecei alguns há uns anos, mas desisti) e também o primeiro livro do Diogo que li.
Para ler: Wattpad
BREVE HISTÓRIA DE QUASE TUDO, de Bill Bryson
O título não deixa margem para enganos: é mesmo uma breve história de quase tudo, desde o planeta ao ser humano, com passagem por várias espécies, células ou micro-organismos. Um bocadinho de Física, de Química, de Biologia, Geologia e todo um conjunto de ciências dos quais fugi no Secundário porque preferia (e continuo a preferir) as Humanas às Exactas. Ainda assim, este livro é de uma leitura agradável e de fácil compreensão quer tenhamos estudado estas ciências quer não. E, principalmente, é um bom resumo de “quase tudo”, que nos permite conhecer um bocadinho melhor quase tudo. Se gostavam de saber um bocadinho mais sobre quem somos e sobre o planeta em que vivemos, é o livro ideal, que vos ensina algumas coisas e, tiverem um sonho parecido ao meu, vos deixa com ainda mais vontade de ir a Yellowstone!
PRIMEIRO AS SENHORAS, de Mário Zambujal
Há poucos escritores portugueses (nenhum?) que consiga escrever como Zambujal e que tenha este sentido de humor e esta criatividade para dar nomes a personagens. Neste livro temos uma personagem que foi raptada e ficamos a saber a história desse rapto através dos depoimentos que vai dando à polícia. E que depoimentos! Esta é uma das histórias ideais para dar como exemplo nas aulas de escrita em que o objectivo é escrever pelo ponto de vista de um narrador em quem não podemos confiar. É um livro engraçado, bem humorado e muito agradável de ler.
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FANGIRL, de Rainbow Rowell
Ainda bem que reli este livro! Da primeira vez que o li (podem ver a minha opinião dessa altura aqui), fui apanhada de surpresa pela organização do livro: alterna a história ficcional do Simon Snow (inspirado no Harry Potter, com o poder de homenagear o Jon Snow ao mesmo tempo) e a história da Cath, que escreve fanfiction do Snow. Nessa altura, a história do Snow foi a parte mais chata do livro. Desta vez, como já sabia ao que ia, já me dei melhor com essa parte da história.
UMA HISTÓRIA DE VERÃO, de Pam Gonçalves
Mais uma releitura! Mais uma vez, falei-vos do livro aqui pelo que não vale a pena me alongar muito. Sinceramente, reli-o porque gosto tanto da história que queria vivê-la novamente e, claro, com a banda sonora do livro sabe ainda melhor ler! Também foi um livro bom para desbloquear um bocadinho e ter ideias novas, por isso só me fez bem passar duas horinhas a lê-lo.
Para Abril: quero terminar a bibliografia da Rainbow Rowell e os livros que ficaram por ler no Seven Days of Spring.
Dos livros que referiste só li dois, " Eleanor&Park" e " Fangirl". Só li esses dois livros da autora mas, concordo, eu acho que ela só escreve histórias fofas, mas não me queixo, de vez em quando gosto de ler coisas leves :).
Beijinhos
Blog: Life of Cherry
Xiças penico! Eu fico deprimida a vir aqui ver estas coisas 😀 (estou a brincar! muito pelo contrário, até fico contente por ver tantos livros – já tenho uns quantos em lista de espera depois dos ver pelo teu blog).
O único que li foi a breve história de quase tudo. E gostei muito!
Vou ficar a aguardar pelo call me by your name. Ainda não li o livro, vi só o filme, mas quero muitoo saber o que achaste do livro 🙂
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