Love does that. It makes you feel infinite and invincible, like the whole world is open to you, anything is achievable, and each day will be filled with wonder. Maybe it’s the act of opening yourself up, letting someone else in – or maybe it’s the act of caring so deeply about another person that it expands your heart.
Estão a ver quando terminam um livro tão bom e que mexeu totalmente com vocês e só querem partilhá-lo com o mundo? Foi exactamente o que me aconteceu quando terminei The Light We Lost, da Jill Santopolo. Terminei-o perto da uma da manhã, completamente lavada em lágrimas, e só queria partilhar com toda a gente o quanto este livro é bonito e o quanto mexeu comigo. Há muito tempo que não ficava a ler até tarde e ainda há mais tempo que não chorava assim com um livro. Que livrão!
O The Light We Lost é a história da Lucy e do Gabe, narrada pela Lucy. A história deles começa no dia 11 de Setembro de 2001 e essa fatídica data é algo que os muda e os faz perceber que querem fazer algo relevante e contribuir para deixar uma marca mundo. Sabemos, de início, que a Lucy está a contar a história no futuro, directamente para o Gabe (é narrado na segunda pessoa: “tu fizeste isto”, “lembras-te daquilo?”, etc.) mais propriamente treze anos depois, e ao longo do livro temos algumas pistas sobre o ponto em que a Lucy e o Gabe estão no momento em que a Lucy está a narrar, mas essas pistas não arruínam a experiência de leitura.
Mas aquilo que mexeu comigo foram as grandes questões impostas à Lucy: será que se escolhermos seguir o nosso sonho isso nos torna egoístas? Quando, numa relação, os sonhos de ambos são incompatíveis é justo esperar que um deles ceda? E se não ceder, será que não se conseguem comprometer por isso? Será que conseguimos estar com alguém que não dá valor ao nosso trabalho e àquilo que gostamos realmente de fazer? Será que ser mãe implica deixar de ter sonhos e de seguir com o percurso profissional?
Estas questões, que surgem várias vezes ao longo livro, aparecem muitas vezes na minha vida e provavelmente na vossa. E há alturas em que achamos que talvez não seja possível ter tudo: realizas o teu sonho, mas perdes a pessoa que amas; tens a pessoa que amas, mas abdicaste do teu sonho; estás com alguém e és confrontado com a decisão de adiar o teu sonho e deixar a tua pessoa realizar o seu ou lutar pelo teu sonho e esperar que a tua pessoa possa adiar o seu; etc., etc. Recentemente, aliás, dei por mim a pensar nas pessoas que conheço que perderam sonhos para conseguirem caber na vida de outra pessoa e para se moldarem aos sonhos dessa pessoa, como se não lhes fosse permitido ter amor e sonhos ao mesmo tempo.
Depois, claro, há os e se. E se tivesse seguido o sonho, e se tivesse deixado o sonho para trás, e se tivesse feito isto e não tivesse feito aquilo. O livro faz-nos pensar muito em todas estas questões e é impossível não sentirmos algo quando o lemos. Será que as decisões que tomámos na nossa vida nos estão a levar no caminho certo? Será que vamos perceber, mais tarde, como teria sido a nossa vida se tivéssemos escolhido outras opções e vamos sentir que perdemos mais do que ganhámos?
Este livro ainda não existe em Portugal, mas espero que alguma editora pegue nele, o traduza devidamente e mantenha a capa lindona porque quando sair cá eu quero comprar e ler novamente, para acabar mais uma vez de lenço na mão, agarrada a um livro que certamente será um dos favoritos do ano.
Só por esta descrição fiquei com vontade de ler!