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Sabem como é que Maio se tornou um mês excelente nas leituras? Escrevi pouco, não fiz quase edição nenhuma e andei desmotivada. O resultado foi uma série de leituras, todas made in Kindle. Antes de começarem já a dizer que sou uma traidora e que abandonei os livros físicos, deixem-me dizer que estou a ler dois e tenho aqui mais uns quantos para ler. Não tenho culpa de ler mais rápido no Kindle… e de ler mais antes de dormir, na altura em que prefiro mesmo ler ebooks a ler livros físicos, pelo conforto. No entanto, agora que espero que o bom tempo esteja de regresso, vou certamente atacar os livros físicos que tenho por cá e voltar a equilibrar as leituras.
Este mês até li um número razoável de livros, principalmente porque não me apeteceu (a sério) dedicar-me muito à escrita nem à revisão de texto. Em vez disso, li. Li muito, li alguns livros diferentes, li autores que nunca tinha lido, e isso também me deu algumas ideias em relação à escrita. Entretanto, deixei o The Basic Eight de lado, para não mais lhe pegar, avancei pouco n’O Inferno (provavelmente quando falar do que li em Junho vou explicar porquê), comecei mais um livro do Murakami e estou a ler a saga The Hunger Games. Já tinha lido o primeiro em 2013, mas não cheguei a ler os restantes então comecei a reler o primeiro (acabei entretanto) para depois completar a trilogia. Vamos ver o que li em Maio?
MY NOT SO PERFECT LIFE, de Sophie Kinsella
Nunca tinha lido Sophie Kinsella e, depois de ouvir a Pam falar tanto da autora, decidi arriscar este My Not So Perfect Life. É a história de Katie Brenner, que trabalha numa agência de comunicação e adorava ter uma vida como a da sua chefe, Demeter… uma vida que não tem. O dinheiro nem sempre chega para as despesas, demora uma eternidade a deslocar-se entre o local onde vive e o local onde trabalha, e as fotografias que publica no Instagram parecem mostrar uma vida perfeita… que não é a dela. Quando é despedida, Katie vê-se obrigada a regressar a casa e começa a ajudar o pai e a madrasta num negócio de alojamento local, sem lhes dizer que foi despedida. O problema é que Demeter aparece para passar férias lá e Katie começa a ver as suas mentiras a causarem problemas.
O sentido de humor da escrita da Kinsella é muito bom e torna o livro apelativo. No entanto, a história não me surpreendeu completamente. Acabou por seguir um rumo mais previsível e menos entusiasmante.
EVERYTHING YOU AND I COULD HAVE BEEN IF WE WEREN’T YOU AND I, de Albert Espinosa
Continuo muito confusa com este livro. É que este livro é muito estranho. Não é mau, mas é estranho. A história passa-se em Espanha (o autor é espanhol) e é sobre o Marcos. A mãe dele morreu no dia anterior e ele ainda está a tentar lidar com o assunto. Por causa da morte da mãe, Marcos decide que quer deixar de dormir e compra duas injecções para deixar de o fazer (ao que parece, neste mundo, muita gente tomou estas injecções para não voltar a dormir). Quando está prestes a fazer, o telefone toca. Marcos tem um talento especial e consegue, através de leitura de pensamentos, saber tudo sobre a vida de uma pessoa. É por isso que ele é chamado para ir tentar perceber quem é o extraterrestre que acabou de ser capturado.
Dá para ver que é um livro estranho, certo? Acabei o livro muito confusa. Acho que o compreendi, mas fiquei confusa de qualquer forma. No entanto, apesar do factor estranheza, é um livro que se lê muito bem, sem grandes tropeços.
THE LIGHT WE LOST, de Jill Santopolo
Quero já declarar este livro como um dos meus favoritos do ano. O The Light We Lost é a história da Lucy e do Gabe, narrada pela Lucy. A história deles começa no dia 11 de Setembro de 2001 e essa fatídica data é algo que os muda e os faz perceber que querem fazer algo relevante e contribuir para deixar uma marca mundo. Sabemos, de início, que a Lucy está a contar a história no futuro, directamente para o Gabe (é narrado na segunda pessoa: “tu fizeste isto”, “lembras-te daquilo?”, etc.) mais propriamente treze anos depois, e ao longo do livro temos algumas pistas sobre o ponto em que a Lucy e o Gabe estão no momento em que a Lucy está a narrar, mas essas pistas não arruínam a experiência de leitura.
Gostei tanto do livro que lhe dediquei uma publicação inteira, que podem ler aqui, para perceberem o porquê de ter gostado tanto deste livro, que nos deixa a pensar em muitas coisas. Podem esperar algumas lágrimas, também.
WHY WE BROKE UP, de Daniel Handler
Eu tentei ler o The Basic Eight, mas percebi que não ia avançar na leitura e deixei-o de lado. Do mesmo autor, tinha o Why We Broke Up no Kindle e achei que era uma boa aposta para dar outra oportunidade ao Daniel Handler. Não me enganei. O livro é sobre a Min e o Ed, que namoravam, mas agora a Min vai acabar o namoro e decidiu entregar uma caixa cheia de objectos e uma carta a explicar o porquê de o namoro acabar. Com essa explicação começamos a saber a história de ambos desde que se conheceram.
Embora o Ed pareça um bocadinho irritante e parvo em alguns capítulos, confesso que durante grande parte do livro eu não estava a ver nenhum motivo grande para eles acabarem, apesar de haver uma ou outra pista sobre o que acaba por acontecer. Gostei do livro, mas não o adorei, talvez pelas referências a filmes antigos dos quais nunca tinha ouvido falar, talvez por não criado um laço com a narradora.
LETTERS TO A YOUNG WRITER, de Colum McCann
Ando a tentar ler pelo menos um livro de não ficção por mês (este mês foram dois), mas confesso que a escolha deste livro não foi fácil. Há um limite de dicas e sugestões que um livro sobre escrita pode dar que sejam úteis e que não se tornem repetitivas ou demasiadas óbvias. Neste caso, as dicas do McCann são úteis e interessantes, algumas já estão demasiado batidas para mim, mas para quem nunca escreveu um livro ou para quem tem pouca experiência de escrita e quer melhorar isso é uma leitura interessante.
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IN CONCLUSION, DON’T WORRY ABOUT IT, de Lauren Graham
O novo livro da Lauren Graham é, na verdade, a transcrição de um discurso que ela deu na escola secundária onde estudou. Como discurso para quem está a acabar o ensino secundário, é bom, interessante e tem a sua parte de motivador. Como livro… as cinquenta páginas lêem-se em vinte e poucos minutos, mas é só isso. Não acrescenta muito ao discurso e, provavelmente, funcionaria melhor com áudio-livro porque ouvir a Lauren daria as características do discurso ao livro.
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JUST LISTEN, de Sarah Dessen
Aaaah, Sarah Dessen, que boa surpresa! Uma surpresa que valeu 5 estrelas no Goodreads, na verdade. O livro é a história de Annabel, a mais nova de três irmãs que cresceram a trabalhar como modelos. Depois de um Verão isolada da melhor amiga, Sophie, Annabel torna-se amiga de Owen. Essa amizade faz com que ela aprenda a ouvir novos tipos de música e, principalmente, a ouvir-se. Conseguimos compreender cedo o que aconteceu para que Annabel e Sophie tenham deixado de ser amigas e saber isso leva-nos a tentar compreender como é que Annabel vai lidar com isso. A forma como o tema principal é abordado e como criamos uma ligação com Annabel é boa. Não conhecendo a escrita da Sarah Dessen, fiquei surpreendida e quero ler outros livros dela.
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Os meus objectivos literários para Junho passam por terminar (custe o que custar) o Inferno, de Dante, o Sputnik, meu amor, do Haruki Murakami, e a trilogia The Hunger Games, da Suzanne Collins. Acabei o primeiro volume da saga ainda em Maio, mas como tenciono falar da trilogia (e dos filmes) depois, resolvi não o incluir na lista. Depois disso… não sei. Agora contem-me: o que leram em Maio e o que vão ler em Junho?
Confesso que não conheço nenhum dos autores em questão, mas fiquei particularmente curiosa com "The Light We Lost" e com "Letters to a young writer" 🙂
Quero muito começar a ler as obras de Haruki Murakami!
Em maio, acompanharam-me "Homens Imprudentemente Poéticos" [Valter Hugo Mãe], "Amor de Perdição" [Camilo Castelo Branco], "Sintonia" [Cláudia S. Reis], "Fernando Lopes-Graça e Eugénio de Andrade – O diálogo entre a música e a poesia" [Tiago Manuel da Hora], "O Planeta Branco" e "Ismael e Chopin" [Miguel Sousa Tavares], "O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá" [Jorge Amado] e "O Assassinato de Roger Ackroyd" [Agatha Christie]
Enaaaaaa, isso é que foi ler!!!! Que bom!
Gosto tanto desta rubrica! Acho mesmo bonito que faças o apanhado dos livros, bonito e enriquecedor.
Fiquei curiosa quanto ao Letters to a young writter.
Quanto aos que queres ler em Junho, dispenso o The Hunger Games, porém, mal posso esperar a review dos dois primeiros, porque estão na minha lista há séculos.