Nos últimos meses tenho seguido algumas pessoas no Instagram que falam sobre sustentabilidade e sinto que há cada vez mais pessoas a falar do assunto, em várias vertentes. Isto tem levado a que, por vezes, veja comentários nessas contas sobre o facto de parecer que a sustentabilidade está na moda. Tenho pensado muito nisso. Acho que, de certa forma, até está na moda ou, pelo menos, é um assunto actual. Mas não acho que seja uma moda passageira.
Há várias vertentes na sustentabilidade que eu própria não aplico, mas tento fazer o máximo para reduzir a minha pegada ambiental e até mesmo a nível de consumo sustentável penso que me dou bastante bem. Durante muitos anos não havia ecopontos na minha terra e nós juntávamos as coisas para reciclar e íamos colocar nos ecopontos em Trancoso. A reciclagem para mim até já nem é assunto porque já a faço há tantos anos que nem sei não fazer. Mas há outras coisas que vou fazendo e que, de certa forma, ajudam um bocadinho. Ainda coloco frutas e legumes em sacos de plástico quando vou às compras, mas tento fechá-los com cuidado para que, ao abrir, não os rasgue e, assim, posso utilizar esses sacos para o lixo.
Também já vos contei algo sobre a minha saga dos sacos de plástico para as compras, sobre as garrafas de água, as facturas electrónicas, as lâmpadas e as tomadas (aqui). Mas há muito mais de que se fala, incluindo a nível das compras de roupa e calçado. Comprar roupa em segunda mão, optar menos por fast fashion, comprar menos mas melhor. Roupa em segunda mão faz parte da minha vida desde sempre, por isso tudo bem. Se não uso estou habituada a juntar e a dar a instituições. Quando à parte da fast fashion é algo que, para mim, continua complicado porque é a forma mais barata de comprar, o que não significa que não se possa comprar de forma mais consciente. Até porque nem faço assim tantas compras.
Para mim, faz todo o sentido que se fale mais e mais sobre sustentabilidade. Se não falarmos agora: então quando? Não é preciso radicalizar, mas há tantas pequenas coisas que podem fazer e que ajudam a fazer a diferença. Se calhar não abdicam dos pensos higiénicos ou dos tampões em detrimento do copo menstrual (eu não consigo), mas de certeza que conseguem usar menos sacos de plástico. Se calhar adoram maquilhagem e querem produtos maravilhosos (tipo eu)… comecem a procurar produtos feitos de forma sustentável (e não testados em animais – estou a tentar mudar passar tudo o que tenho de marcas que testam em animais para marcas que não testam. Felizmente, os meus batons e a minha máscara de pestanas são cruelty free). Se calhar não abdicam de carne (same), mas podem reduzir o consumo e optar por 2 ou 3 dias por semana em que fazem outras receitas, talvez de peixe, talvez vegetarianas. Este ano não comprámos embrulho para as prendas de Natal. Vão em sacos, que depois podem ser utilizados novamente. Talvez as crianças não achem tanta piada ao facto de não terem papel para rasgar, mas eu nunca achei piada a rasgar o papel de embrulho porque depois tinha de ir logo para o lixo e eu achava o maior desperdício desta vida.
Por isso, sim, talvez esteja na moda falar de sustentabilidade. Mas nunca uma moda foi tão importante e necessária para o mundo em que vivemos. Gostava de saber a vossa opinião sobre o assunto da sustentabilidade e sobre aquilo que fazem para serem mais sustentáveis!
Eu acho que a iniciativa que algumas marcas estão a tomas quanto a este assunto é muito boa, espero que todas a sigam.
Beijinhos 🙂
https://www.dailyvlife.com
Cá em casa fazemos reciclagem e reutilizamos sempre sacos de plástico quando os usamos. Aliás, tenho sempre um saco de plástico com imensos sacos lá dentro para quando for preciso reutilizar por algum motivo.
Acho que cada vez mais, temos de começar a repensar no estilo de vida que levamos. E é como tu dizes, não precisamos de mudar radicalmente os nossos hábitos!
Há modas que fazem todo o sentido realçar, reforçar, reproduzir constantemente. Porque, tal como mencionaste, acho que este caso em específico não é passageiro. E ainda bem! Há coisas das quais não consigo abdicar, como é o caso dos pensos higiénicos, por exemplo, mas tento encontrar outras formas de reduzir a minha pegada ambiental. E acho que procurarmos este equilíbrio consciente nos leva mais longe
Eu concordo contigo e acho que é necessário falar-se destas coisas e fazer alguma coisa em detrimento do meio ambiente. Tal como dizes, mesmo que não consigamos abdicar de certas coisas, há outras em que podemos mudar ou melhorar. Um passo, ainda que pequeno, já é um passo e já estamos a tomar alguma atitude face ao mundo e à redução da pegada ambiental.