EVERY DAY // ANOTHER DAY [DAVID LEVITHAN]

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Deve haver poucos livros na minha lista de concluídos em que eu consiga dizer exactamente quanto tempo demorei a ler, quando e onde li. Consigo dizer anos, talvez saber mais ou menos a altura, mas todos os pormenores? Raro. O Every Day, do David Levithan, é um desses casos. Li-o pela primeira vez no dia 12 de Abril de 2015, em quatro horas, no comboio regional de Celorico para Lisboa. No Entroncamento já tinha o livro terminado. Só o pousei por uns segundos, para mostrar o bilhete ao revisor, e para tirar comida da mala. Uns meses depois acabei por escrever sobre ele para a ESCS MAGAZINE, mas nunca falei dele por aqui. No ano passado saiu o filme baseado neste livro e decidi logo que o queria reler e comprei a segunda parte no Kindle, mas só este mês é que os astros se alinharam.
A acorda todos os dias num corpo diferente, seja rapaz ou rapariga. Foi assim desde que nasceu. A não tem género definido. Um dia acorda no corpo de Justin e conhece Rhiannon, que é a namorada de Justin. Rhiannon leva A a quebrar as suas regras: não se apegar, não ser notado(a) e não interferir na vida do corpo que habita. Mas há algo em Rhiannon que o faz ignorar as regras, principalmente por achar que Justin não dá o devido valor à namorada. Depois de passarem o dia juntos, A tem a certeza de que está apaixonado por ela e, a partir daí, tenta sempre arranjar uma maneira de chegar até Rhiannon. O problema é que há um dia em que ele está no corpo de Nathan e nem tudo corre bem, levando a que o segredo de A fique ameaçado.

Eu não escolhi o Every Day em nenhuma altura prévia. Quando ele chegou a minha casa, eu tinha só comprado o primeiro livro da Zoella e este vinha incluído. Dois por um? Maravilha. Mas o livro conquistou-me logo que o li. Descobri recentemente que tem uma terceira parte e depois de ler o segundo percebo porquê. Também descobri que há uma prequela em versão digital, de umas cinquenta páginas, chamada Six Earlier Days, que foca só alguns dias de A, antes de habitar Justin. Portanto, desta vez, li a prequela, li o primeiro e depois o segundo. E agora estou à espera de uma promoção para ler o terceiro. Normalmente, não agruparia os dois primeiros livros numa só publicação, mas como a história é a mesma em ambos, com uma diferença no final do segundo, não achei que fizesse sentido escrever duas publicações sobre a mesma história.
A diferença entre o Every Day e o Another Day é o narrador. Em Every Day conhecemos A, a sua história e a sua perspectiva do mundo, em que vemos como lida com vários corpos, várias vidas, incluindo uma rapariga que quer suicidar-se e um rapaz que tem um problema de abuso de substâncias. Em Another Day temos a perspectiva de Rhiannon, desde o dia em que A está no corpo de Justin (e ela ainda não sabe). O final de Another Day vai um bocadinho mais longe do que o de Every Day e mostra o dia seguinte e depois ainda dá um saltinho a outras personagens, num futuro próximo, como Nathan, o Reverendo Poole e A. Este post scriptum é o que dá o pontapé de saída para o terceiro livro.
Preferi o Every Day ao Another Day, mas percebo a vontade de mostrar mais da Rhiannon, até mesmo perceber a relação dela com Justin. Mas quase senti que podiam ser dois livros fundidos num só e o efeito seria o mesmo, ou melhor. A história levanta várias questões sociais importantes, principalmente na parte de A, e ainda uma outra curiosa: será que se nos apaixonarmos pelo interior o exterior continua a importar? Tenho curiosidade para ler o último livro da história. Quanto ao filme… não chega aos calcanhares do livro. Achei-o pobrezinho e prefiro reforçar a ideia de que vale muito a pena lerem o livro.

*Para comprar*
Every Day
Book Depository: livro

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