Novembro foi longo de uma forma estranha. Os dias misturaram-se e parece que este mês teve dez semanas, mas, ao mesmo tempo, o tempo não demorou a passar. Foi um mês de muito trabalho e de ainda mais cansaço — maioritariamente mental. Por causa disso, não fiz praticamente nada do que queria. Faltou-me saber como resolver a questão: o que fazer quando tudo acontece ao mesmo tempo e tu só queres ficar na cama a curtir o teu coração partido? Novembro foi um mês de surpresas — umas boas, que me fizeram sentir menos sozinha no buraco assustador em que me estava a meter, e outras más, que me fizeram questionar os oito meses anteriores. Fez frio, choveu, as árvores começaram a perder as folhas e eu fui andando. Continuo a andar. Embora já nem saiba bem para onde.
Favoritos de novembro
Um álbum: Midnights. Sim, ainda.
Um filme: The Black Panther: Wakanda Forever.
Uma música: Feeling Like The End (Joji).
Na playlist deste mês ainda há muito Midnights, mas também há dois clássicos, música do Louis Tomlinson e o episódio do podcast Ouro Sobre Azul em que a Inês foi convidada. Estava a fazer a minha caminhada de fim de dia, num daqueles dias em que nada parece estar a valer a pena, e de repente guinchei muito alto no meio da Maia e desatei a chorar só pela forma bonita como a Inn falou deste blog. Nada parecia valer a pena, mas naquele momento tudo valeu a pena.