Desde início, aquilo que mais me entusiasmou em relação a Daisy Jones & The Six foi o facto de ser escrito em formato de entrevista. Comprei-o no verão de 2021, ainda antes de Evelyn Hugo, sem saber quando o leria enquanto o via tornar-se um êxito de BookTok. Acabei por o ler apenas em dezembro. Faltavam umas semanas para estrear a série, pelo que me parecia a altura certa para o ler e ter ainda a história fresca para a série. Ler um livro escrito em forma de entrevista relevou-se uma das minhas coisas preferidas em relação a este livro. À semelhante de Evelyn Hugo, também fica alguma da sensação de que é uma pena que seja uma biografia ficcional. No entanto, parte dessa sensação deve-se às músicas e, felizmente, a série trouxe-nos a banda sonora.
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Trigger warning:
sexo, drogas e rock & roll. luto. aborto. relacionamentos abusivos.
Daisy Jones & The Six: as expectativas alheias e as minhas
Estamos nos anos 60 e, por isso, há muito sexo, drogas e rock & roll neste livro. O que mais esperar de uma banda dessa época? Os irmãos Dunne tinham uma banda e estavam dispostos a ser a melhor banda do mundo, no entanto, Billy tem os seus problemas e quase estraga todo o caminho percorrido pela banda. Daisy Jones podia ser uma estrela. Tem a voz e o visual, mas, infelizmente, também tem o vício para tal. Quando os The Six decidem que Daisy Jones é um bom extra para a banda, as gravações do álbum Aurora tornam-se um momento histórico, em que cada membro vive os seus problemas. Daisy Jones & The Six eram a maior banda do mundo, mas, de repente, depois de um concerto tudo acaba. Um entrevistador, cuja identidade só conhecemos mais para a frente, decide preparar um documentário para explicar o que aconteceu e contar a história da banda que marcou a década de 1960.
Se Daisy Jones & The Six é um livro tão bom quanto toda a gente dizia? Não, pelo menos não para mim. Não muda vidas, mas é um bom livro, com várias camadas, com um bom ritmo e com a vantagem de ter testemunhos que talvez escondam detalhes.
Depois, claro, há a música. A ler, as letras das músicas podem não parecer nada de extraordinário, mas fica logo a sensação de que a experiência de leitura seria mais completa se houvesse uma forma de ouvir a que soaria aquela banda. Bem, a série veio colmatar essa falha.
I wish someone had told me that love isn’t torture. Because I thought love was this thing that was supposed to tear you in two and leave you heartbroken and make your heart race in the worst way. I thought love was bombs and tears and blood. I did not know that it was supposed to make you lighter, not heavier. I didn’t know it was supposed to take only the kind of work that makes you softer. I thought love was war. I didn’t know it was supposed to … I didn’t know it was supposed to be peace. And you know what? Even if I did know that, I don’t know that I would have been ready to welcome it or value it.
Uma adaptação competente
Para mim, a banda sonora foi a melhor parte da série. As músicas foram bem trabalhadas e funcionaram tão bem que, de facto, conseguiram dar uma nova dimensão àquilo que está no livro. No entanto, claro que as personagens podiam ter traços de personalidade mais marcantes (desculpem, mas a Daisy precisava de ser mais arrogante), mas sinto que, como adaptação, até funcionou bem.
Dos dois que já li deste universo, Evelyn Hugo continua a ser o meu preferido, mas contem comigo para ler mais livros de ficção em formato entrevista.
Outros livros do autor
Próximos a ler: Malibu Rising e Carrie Soto is Back.
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Título original: Daisy Jones & The Six
Título em português: Daisy Jones & The Six
Autora: Taylor Jenkins Reid
Ano: 2019
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