daylight

Não sei se teria escolhido ler Cada Verão Passado se não fosse um dos livros do Clube do Livra-te, mas a verdade é que foi uma ótima maneira de entrar na minha summer rom-com era: romances leves, tranquilos, que não exigem muito mais do que disposição para passar um bom bocado.

Cada Verão Passado é narrado entre o passado e o presente. No presente, Persephone tem uma vida espetacular em Toronto, mas quando sabe que a mãe de Sam morreu vê-se obrigada a regressar a Barry’s Bay, mesmo sabendo que ver Sam a obriga a olhar para o passado: os seis verões que passou no lago, ao lado de Sam, com quem achava que passaria muito mais do que seis verões.

É uma leitura muito tranquila, que li praticamente num dia. Fez-me lembrar a trilogia The Summer I Turned Pretty, da Jenny Han, embora numa versão mais adulta e explícita. O plot twist que explica o porquê de a relação de Persephone e Sam não ter resultado é meio óbvio, mas achei que o livro funcionou bem para mim. É leve, não inventa muito e não tenta ser aquilo que não é.

Este tipo de comédias românticas tem sempre um certo risco porque tanto pode funcionar muito bem e ser uma leitura prazerosa como pode tornar-se tão óbvia e clichê que estraga a leitura. Para mim, perceber o plot twist bastante cedo não estragou a leitura, embora ache que podia haver ali um desenvolvimento diferente. No entanto: eu esperava uma leitura leve e boa para o verão e o livro cumpriu exatamente esse propósito.