- Quando: 5 a 7 de setembro de 2023
- Gatilhos: violência doméstica; abuso de substâncias; racismo e discriminação
Há poucos livros que deixem a sensação de que podíamos ler muito mais, mas este é um deles. Mulheres de Sal traz Jeanette, filha de uma imigrante cubana em Miami. Jeanette luta contra o vício das drogas e está disposta a saber mais sobre a história da família. Uma noite, vê a vizinha ser levada pelo Departamento de Imigração e percebe que a filha ficou sozinha, pelo que decide acolhê-la temporariamente.
A história cubana é elemento fundamental da história, principalmente para Carmen, a mãe de Jeanette, e acima de tudo para Dolores, a avó. Acompanhamos desde o fim do século XIX, nas fábricas de tabaco, até à quase atualidade, algo interessante de ver retratado em livro. Além de Cuba, também o México tem aqui uma posição central na história. Dois tipos de imigração, discriminação, crenças políticas e, claro, uma vida de abuso de substâncias, violência doméstica e momentos escondidos pela história da família.
Somos de El Salvador, mas o México ficava a poucas horas, e fora por ali que chegáramos. Por isso foi onde nos deixaram. Do género: Encontrem o caminho para casa.
A parte que menos funcionou para mim foi o tamanho do livro. É um livro relativamente curto, com menos de 200 páginas, e passa a sensação de que precisávamos de mais. Cada capítulo alterna entre narradora e ano e local de narração e, para mim, precisava de mais capítulos para explorar ainda melhor cada uma destas mulheres de sal.
Fora isso, gostei muito da escrita e da história. A parte política interessou-me, mas, mais do que isso, acho que é um livro sobre mulheres e as decisões difíceis que têm de tomar, principalmente quando são mães.
Título original: Of Women and Salt
Título em português: Mulheres de Sal
Autora: Gabriela Garcia
Ano: 2021 (PT: 2022)
Ainda não li, mas tenho alguma curiosidade.
Está na minha lista