the national no super bock arena

Sinto que The National existe na minha vida desde sempre, não tivesse eu crescida rodeada de bandas rock e de revistas Blitz, no entanto acho que só com o Sleep Well Beast comecei a ouvi-los realmente. Depois de muitas visitas a Portugal, fui finalmente a um concerto deles, no Super Bock Arena. Com bilhete comprado desde janeiro, houve dois álbuns novos entretanto e estava muito curiosa com a forma como iriam equilibrar os temas antigos e os novos. Sei que os álbuns novos não são muito consensuais para os fãs, mas eu tenho gostado deste indie rock mais tranquilo.

O alinhamento foi muito bom. Nunca se sabe ao certo o que esperar porque, apesar de haver músicas que estão sempre incluídas, eles mudam alguma coisa no alinhamento todas as noites. Sinto que, no Porto, tivemos muita sorte com as escolhas e, claro, com a energia. Como comprei o bilhete mais barato, estava no balcão, sentada (nem sempre) e fiquei numa lateral onde tinha visão perfeita para todo o palco.

Acho que isto devia ser estudado, mas há um fenómeno qualquer com estas bandas de indie dad rock em que parece que vês mais All Star por metro quadrado do que em toda a tua vida e de repente parece que vês muito mais gente ali na faixa dos 40/50 anos, com uns toques de pessoal mais novo. É um momento bonito ver a música juntar gerações. Talvez uns conheçam melhor os álbuns mais recentes e outros os mais antigos, mas todos estão ali pelo mesmo motivo.

Tinham-me dito que eles agora são mais apagados ao vivo e eu discordo. Achei o espetáculo muito ritmado, bem estruturado e cheio de energia. O Matt estava sempre a sair do palco para ir ter com fãs, o Aaron interage bastante com o público (e é um fofinho a falar, adoro-o) e estávamos sempre a acompanhar com palmas. Durante a Mr. November achei que o Matt ainda saía da sala… faltou-lhe pouco. E, claro, a última música é, de facto, um momento de arrepiar.

Não é novidade para quem acompanha a banda, mas terminam sempre os concertos com a Vanderlyle em formato acústico, apenas com a voz do público. Foi um momento muito muito muito bonito e estou muito agradecida por o ter presenciado. Há poucas coisas tão maravilhosas quanto ter o público a cantar uma música inteira.

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