daylight

Quando ouvi falar de Pineapple Street foi o parágrafo final da sinopse que me fez querer lê-lo: uma rota de colisão para três mulheres que desejam ser definidas por algo mais do que a sua relação com o dinheiro. Pois há a que nasceu com ele, a que casou com ele e a que quer, acima de tudo, ver-se livre dele. De vez em quando preciso destes livros que são mais entretenimento e este parecia-me a escolha ideal.

Pineapple Street traz a família Stockton, uma família de alta sociedade de Nova Iorque. O livro é narrado por três mulheres: Darley, Georgiana e Sasha. Darley é a filha mais velha dos Stockton, que decide abdicar da herança (e do famoso trust fund) por amor. Georgiana é a filha mais nova, que se envolve numa relação complicada que pode trazer muitas implicações para a sua vida. Sasha é a outsider. Casou com Cord, o irmão do meio, e sente-se completamente uma intrusa numa família de uma classe social que não compreende.

Como temos as três narradoras temos três perspetivas sobre a família, mas também três vidas completamente diferentes. Darley traz a ideia da mulher de carreira que tem de abdicar de tudo quando tem o segundo filho e que sente a injustiça de isso acontecer, mas não sabe se estaria pronta a voltar. Georgiana vive num mundo de privilégio e vai desconstruindo esse mundo ao longo do livro, ao mesmo tempo que lida com uma relação que não é assim tão simples e, depois, com consequências tremendas. E Sasha vê-se numa casa que é suposto ser dela, mas que não pode ajeitar à sua maneira, numa família onde não se sente bem-vinda e ainda a tentar perceber que pessoa quer ser ali.