daylight

Sinto que os dois últimos livros têm tido um equilíbrio positivo entre relação amorosa e amizades e tenho gostado muito disso. A relação entre a Daphne e o Miles desenvolve-se enquanto a própria Daphne percebe o quanto se alienou do resto da vida pelo Peter e tenta descobrir como fazer amigos — amigos a sério, que possa chamar de seus e que não existam apenas como amigos do casal. Gosto da forma como isso é abordado no livro.

Neste aqui, não sei se pela minha disposição ou se pela história, senti-o um bocadinho mais lento. De resto, é uma leitura agradável e relativamente leve e engraçada, com personagens das quais é fácil gostar de imediato, tal como já vem sendo habitual, mesmo que por vezes pareçam mais do mesmo no universo das obras da autora. Aliás, apesar de haver pontos em comum com outras obras da autora, continuo a sentir que tem havido uma evolução interessante da maneira como a Emily Henry conta as suas histórias.

A Emily Henry tem-se tornado uma daquelas autoras que recebemos de braços abertos porque sabemos que nos dará sempre histórias tranquilas e leves, mas sem nos parecerem superficiais. Se muda vidas? Talvez não. Mas por vezes a única mudança de vida de que precisamos é mesmo de uma história que nos abstraia do mundo.