- Quando: 3 de maio a 15 de junho de 2024
- Gatilhos: guerra; luto.
Alice Munro era-me levemente familiar por ter vencido o Prémio Nobel da Literatura em 2013. Um dia, sossegadinha da vida, achei que era giro ler um livro de cada vencedor do Prémio. Depois passou-me a loucura, mas não sem antes ter comprado Dear Life. Felizmente, a Rita escolheu-o como livro do mês do Clube do Livra-te em maio, pelo que me obrigou mesmo a ler o livro e a dar-lhe algum propósito. Como a vida tem destas coisas, a autora acabou por falecer no dia 13 de maio, tornando esta leitura também uma espécie de homenagem.
Haven was the word. “A woman’s most important job is making a haven for her man.”
Dear Life é um conjunto de catorze contos, a especialidade da autora, e a abordagem que lhe dei foi tentar ler um conto a cada dois ou três dias. Acabou por não ser uma leitura tão certinha quanto achei que seria porque, apesar de ter gostado da escrita, os temas dos contos pareciam ligar-se muito entre si e, por isso, precisava de mais dias entre elas. Os contos são mais densos do que aquilo a que estou habituada, algo de que gostei porque pareceu dar alguma profundidade àquilo que, normalmente, são histórias curtas.
Acredito que ir lendo um conto de cada vez, com calma e tempo entre eles, é a abordagem certa. Normalmente prefiro ler coletâneas destas com calma, um conto por dia, mas em Dear Life acho que é realmente imperativo para conseguir apreciar melhor cada história e as suas camadas, caso contrário acredito que não será tarefa fácil percorrer estes contos.
Título original: Dear Life
Título em português: Amada Vida
Autora: Alice Munro
Ano: 2011 (PT: 2013)