feira do livro do porto 2024: o rescaldo

E pronto, lá se passou mais uma edição da Feira do Livro do Porto. Foi a minha quarta edição de Feira do Livro e também aquela em que sinto que aproveitei mais, embora só tenha ido aos Jardins do Palácio de Cristal duas vezes. Foi uma Feira cheia de eventos e sessões interessantes (infelizmente não vi todas as que queria), as compras superaram as expectativas e fiquei agradavelmente surpreendida com a quantidade de pessoas que vi. A tarefa de superar esta edição será difícil, mas acredito que será possível. Para já, falemos de 2024.

A primeira coisa que tenho de dizer é que não esperava ver tanta gente. Fui no primeiro e no último sábado e a Avenida das Tílias estava a abarrotar. Sei que mesmo durante a semana havia muito mais pessoas do que o habitual e fico mesmo contente não só porque é importante haver este aumento de visitantes, mas também porque notei que estas pessoas estavam mesmo a comprar livros. A sensação com que fico é a de que a Feira está a tornar-se popular e é mesmo bom saber que há mais pessoas a comprar livros lá.

No entanto esta primeira observação leva-me à segunda: acho que a próxima edição terá de ser muito bem pensada. Ficou claro que há cada vez mais pessoas a visitar a Feira e há stands que têm de ser repensados (Penguin e Bertrand, estou a falar para vocês!) porque ficam à pinha e torna-se uma missão complicada conseguir ver algum livro ali. Acho que o objetivo do próximo ano devia ser mesmo o de organizar o espaço de forma a que os stands se tornem mais acessíveis.

Por fim, quero dizer que fiquei mesmo contente por ver que as opções culturais eram tão ricas e variadas, para todas as idades e públicos. Espero que isso nunca mude. Não há nada mais bonito do que ver uma Feira do Livro celebrar a cultura.

Eventos e Sessões a que assisti presencialmente

Como disse, fui a dois dias de Feira. No primeiro sábado, dia 24 de agosto, assisti à Cerimónia de Atribuição da Tília ao Eugénio de Andrade, autor homenageado deste ano. É uma cerimónia simples e curta, puramente simbólica, mas bonita. Não comprei na Feira, mas comprei por causa da Feira o Poesia, que terminei no último dia de Feira, e é mesmo bonito ver aquelas tílias ganharem um simbolismo diferente.

Também nesse dia visitámos as exposições disponíveis na Galeria Municipal da Biblioteca Almeida Garrett. A primeira foi a Post Scriptum sobre a Alegria, exposição com a coleção editorial e artística de Eugénio de Andrade, e a segunda foi a formas dos futuros ao redor. Não vou sequer tentar avaliá-las porque na primeira só percebi que era a coleção do autor quando lá estava e a segunda ultrapassou um pouco os meus conhecimentos artísticos.

No último sábado de Feira fui de propósito para apoiar a minha querida Rita da Nova, que fez uma sessão de autógrafos de duas horas e meia. Antes, passei um bom bocado na fila para assinar A Cicatriz, da Maria Francisca Gama, que teve uma sessão de cerca de três horas e meia. Neste dia, adorei observar as pessoas e as suas peculiaridades. O ser humano é mesmo fascinante e vê-lo num evento como este torna-o ainda mais fascinante — vou só dizer isto, porque não posso revelar os resultados desta observação.

Eventos e Sessões a que assisti online

Havia várias sessões a que queria assistir, mas os horários eram incompatíveis. Felizmente, algumas sessões tiveram transmissão online e, por isso, pude assistir no dia 27 de agosto à sessão São Como Cristais, as Palavras, em que Maria João Costa conversou com Dulce Maria Cardoso. Gostei muito da conversa, acho a Dulce um amor, cheia de opiniões interessantes e com riso fácil.

Assisti depois, já em diferido, à sessão de apresentação de Falar Piano e Tocar Francês, de Martim Sousa Tavares, que contou com Suzana Mendes a conduzir a conversa e Sofia Bodas de Carvalho a ler excertos do livro. Esta sessão (tal como todas as que tiveram transmissão online) ficou disponível no canal de Youtube do Porto., por isso ainda podes assistir.

As compras da Feira do Livro do Porto 2024

Chegou a hora da verdade! Este ano fui para a Feira com uma lista de cinco livros, em que um deles não sabia se ia mesmo comprar:

  • Aquário, Capicua;
  • Cai a Noite em Caracas, Karina Sainz Borgo;
  • A Vida Mentirosa dos Adultos, Elena Ferrante;
  • Falar Piano e Tocar Francês, Martim Sousa Tavares;
  • Teoria das Catástrofes Elementares, Rita Canas Mendes.

 

Este último era um que, embora queira ler, não sabia se ia querer comprar já e, por isso, acabei por o excluir ainda antes de lá chegar. Acabou por haver hipótese de comprar um outro livro que já queria há muito tempo, aproveitando os 40% de desconto de Livro do Dia. Como os dois primeiros da lista não andavam por lá, acabei por trazer outro livro da Elena Ferrante. Como queria ler (é livro do mês do Livra-te) e ia comprar de qualquer forma, aproveitei os 20% de desconto e trouxe A Malnascida.

feira do livro do porto 2024

De uma forma resumida, as minhas compras de 2024 foram:

  • Tudo Pode Ser Roubado, Giovana Madalosso (PVP: 18,90€ | comprado como Livro do Dia com 40% de desconto: 11,34€)
  • Falar Piano e Tocar Francês, Martim Sousa Tavares (PVP: 17,90€ | comprado como Livro do Dia e novidade com 20% de desconto: 14,35€)
  • A Malnascida, Beatrice Salvioni (PVP: 18,85€ | comprado como novidade com 20% de desconto: 15,08€)
  • A Vida Mentirosa dos Adultos, Elena Ferrante (PVP: 21€ | comprado com 33% de desconto: 14€)
  • Escombros, Elena Ferrante (PVP: 17€ | comprado com 23,5% de desconto: 13€)

Apesar de ter uma lista, determinei na mesma um orçamento, para o caso de chegar a um ponto em que tivesse comprado toda a lista e quisesse ainda comprar outros livros.

Orçamento inicial: 100€

Se comprasse estes livros pelo PVP: 93,75€

Se comprasse estes livros apenas com os 10% de desconto já meio habituais: 84,29€

Total gasto: 67,77€

O saldo desta edição da Feira do Livro é totalmente positivo. Fiquei muito contente com as minhas compras e com a folga no orçamento, gostei muito das sessões a que pude assistir e a experiência de visita continuou a ser muito positiva. A Feira do Livro do Porto é mesmo uma das minhas épocas preferidas do ano e gosto mesmo de sentir que já é uma tradição — e que continuará a ser. Até para o ano!

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