david fonseca ao vivo no coliseu do porto

Admito: fui percorrer o Google Fotos em busca de fotografias que me pudessem indicar exatamente quantas vezes já tinha visto o David Fonseca ao vivo. Sabia que não o via desde 2017, em São Domingos de Benfica, passei meses sem saber se o iria ver este ano. Até que, uma semana antes, decido que quero mesmo comprar bilhetes. Quando os concertos da tour Still 25 foram anunciados, no ano passado, não me sentia segura o suficiente para arriscar bilhetes para tanto tempo depois e, por isso, deixei andar. Embora seja um dos meus artistas portugueses preferidos, a verdade é que sinto que nos últimos anos não o acompanhei tanto e, por isso, não foi uma compra instintiva.

Mas lá fomos até ao Coliseu do Porto, onde nunca tinha estado. Não querendo entrar em comparações injustas, foi impossível não o colocar lado a lado com o Coliseu dos Recreios, ligeiramente maior. Claro que em Lisboa sempre que lá fui fiquei na plateia, por isso também não posso comparar a perspetiva de ficar na galeria. Ficámos na lateral, mais perto, mas com visibilidade reduzida para alguns pontos do palco. Ainda assim, não foi algo que tenha prejudicado a experiência.

Still 25 é a tour que assinala 25 anos de carreira e, por isso, esperava-se um alinhamento com os êxitos mais conhecidos. O lugar deles é certo — Superstars, Someone That Cannot Love, The 80s ou A Cry 4 Love não iriam faltar. No entanto há lugar para voltar a Silence 4 e cantar Borrow, há O Corpo é Que Paga numa homenagem bonita a António Variações, há um segmento de covers e ainda algumas músicas perdidas na discografia.

Um espetáculo do David Fonseca tem sempre uma enorme componente visual e, neste caso, o pequeno ecrã no palco deu uma vida diferente àquilo que íamos ouvindo, com os vídeos a passar, lyric videos e até com novos cenários para as músicas.

Do meu lado, foi quase um alívio poder levantar e dançar The 80s e What Life is For, foi muito bonito cantar Silence 4 (falta menos de um ano para o concerto deles, ânimo!), foi reconfortante ver que This Raging Life ainda é verde (desde que a vi ao vivo pela primeira vez, na tour de 2010, esta música para mim ficou sempre a ser verde) e foi muito emocionante ouvir At Your Door.

Apesar de ter memórias dos dois primeiros álbuns a solo, acho que só depois do Dreams in Colour comecei de facto a ser fã e o Seasons-Rising:Falling continua a ser um dos álbuns da minha vida. Venham mais 25!

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