Por princípio, sou um bocadinho avessa a livros sobre a Taylor. Não me deixam curiosa, acho sempre que terão qualidade duvidosa, parecem ter como único objetivo real fazer dinheiro às custas da popularidade. Porque é que achei, então, que podia apostar em Heartbreak is The National Anthem? Porque o Rob Sheffield é jornalista da The Rolling Stone e já conhecia o trabalho dele como jornalista. Se devia ter apostado? Bem…
Heartbreak is the national anthem promete dar um olhar íntimo sobre a vida e música da Taylor pelas palavras daquele que — diz a sinopse — é o jornalista musical “preferido e em quem a Taylor mais confia”. Se não tivesse lido o livro até podia achar que era verdade. Depois de ter lido tenho sérias dúvidas. Em primeiro lugar, o livro é completamente desorganizado e não segue qualquer linha temporal ou outro fio condutor do género. Em segundo lugar, eu sei que qualquer fã adoraria escrever sobre a Taylor de uma perspetiva pessoal, mas dispensava tanta experiência pessoal — parecia o My Week With Marylin, mas em chato.
Honestamente tive pena de não achar o livro consistente e interessante. A falta de fio condutor, as histórias constantes do autor em concertos da Taylor não acrescentam valor, as histórias de fofocas e teorias da internet não me parecem assim tão relevantes para estarem expostas num livro da forma que estão…
Embora ache que é cedo para isso, gostava muito de ver uma boa biografia da Taylor, com um bom trabalho de investigação e entrevistas. Este não é um desses livros. Tão aleatório quanto um feed de TikTok de um swiftie, menos importado no trabalho e no impacto da artista do que alguns perfis dedicados a teorias rebuscadas. Não o diria muitas vezes, mas metade do livro parece realmente ser apenas o resultado quase-jornalístico de falar de teorias do TikTok e a outra metade precisava de um melhor sentido de orientação.
Título original: Heartbreak is the National Anthem
Autor: Rob Sheffield
Ano: 2024
Lido entre: 14 e 20 de novembro de 2024