O Pedro Sampaio não me passou despercebido quando passámos o verão de 2022 a cantar Dançarina, mas só muitos meses depois, quando a música do A. começou a entrar pelas minhas playlists dentro, é que acabei por prestar a devida atenção. Com ASTRO, saído em setembro, acho que podemos dizer que a aprendiz se tornou a mestre porque foi um dos álbuns que mais ouvi no final do ano. Claro que, sendo sincera, não esperava que isto resultasse em comprar bilhetes para a plateia do concerto no Super Bock Arena. Mas resultou.
Tendo em conta o tipo de espetáculo, sei que é um pouco injusto compará-lo com outros a que já assisti. Por um lado, o Pedro Sampaio é DJ. Mesmo que cante nas suas músicas, não temos uma banda. É um rapaz e a sua mesa de sons, neste caso com bailarinos. No entanto, ao contrário do que podemos achar sobre assistir a um set de DJ, a energia deste espetáculo foi completamente diferente. As coreografias e trends de redes sociais têm um papel grande nesta sensação, mas não acho que se fique por aí.
O espetáculo pretende ser uma celebração do funk brasileiro, mas também da música pop e Pedro Sampaio entrega. Não faltam POC POC, No Chão Novinha, Galopa ou Escada do Prédio, mas há espaço para remixes de Lady Gaga a Bad Bunny. Ainda assim, é óbvio que o público espera Cavalinho e Bota um Funk. E a verdade é que espera e cumpre. A coreografia está ensaiada e a vontade de participar no novo desafio ao estilo de Harlem Shake não deixam enganar.
Embora o domingo não me pareça ser o dia mais comum para ir dançar à noite, passamos quase duas horas sempre a dançar, quase fazemos o quadradinho. O objetivo era divertimo-nos e foi mais do que cumprido. Pedrinho mandou e nós obedecemos.
- Onde: Super Bock Arena, Porto
- Quando: 13 de abril de 2025
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