daylight

Depois de o ter terminado, tenho de dizer que estou muito intrigada com o meu eu de 2021 por ter achado que este livro era um bom livro para ler. Coitada, neste momento ela estará desiludida com a escolha que fez. The Happiness Project andava pelo meu kindle desde maio de 2021 e, com o objetivo de reduzir a lista de livros por ler, decidi que talvez fosse um bom livro para começar o ano. Se podia ter pensado, em algum momento, que talvez não fosse livro para mim, três anos e meio depois de o ter comprado? Podia, mas às vezes sou mesmo uma pessoa confiante.

The Happiness Project surgiu, na verdade, em 2009 e é o relato do projeto que a Gretchen Rubin decidiu levar a cabo durante um ano, de forma a criar uma vida mais feliz. Confesso que comecei a torcer o nariz assim que ela explicou que era feliz, mas achava que não era feliz o suficiente e que era através de pequenas tarefas que queria criar esta vida onde seria o mais feliz possível, nas mais variadas áreas. Ao longo desse ano, foi dedicando cada mês a pequenas tarefas ou propósitos, sem esquecer os dos meses anteriores, de forma a melhorar a sua vida, a relação com os outros e, assim, criando a verdadeira felicidade. O projeto era partilhado no blog da autora, tornando-se um êxito na época.

De uma forma muito resumida: não achei assim tão inspirador, a escrita foi, para mim, aborrecida e a meio acabei por começar a saltar os parágrafos em que ela relatava conversas com o marido, familiares ou amigos.

Claro que percebo o motivo para este livro ser um êxito. Quantos de nós não se sentem, sentiram ou sentirão numa vida que não é realmente feliz, presos ao que já é conhecido apenas por receio de mudar ou de tentar algo diferente? Este livro acaba por dar a sensação de que pode ajudar a mudar esses sentimentos. Se calhar sou eu que não sou triste o suficiente para o livro ou não tenho vontade suficiente de ser super feliz, super feel good vibes, super qualquer coisa. Mas, realmente, não foi livro para mim.