Foram anos de desencontros. Anos em que não podia ir porque Lisboa é longe. Porque não podia gastar dinheiro. Porque a pessoa que prometeu ir comigo decidiu ir sem mim. Porque parecia que estava difícil encontrar-me com o meu querido Alex Turner. Então, quando em Janeiro os Arctic Monkeys foram anunciados no Alive eu sabia que não havia mais desencontros. Foi para isso que passei 2017 a juntar dinheiro: para acabar com os desencontros musicais. E foi assim que me estreei no NOS Alive!
A noite de concertos começou muito morna, com o Miguel Araújo. Nós nem vimos propriamente o concerto dele. Em vez disso ficámos só sentados a ouvir. Reconheci as músicas que tocam na rádio, mas continuo a achar a escolha um tanto peculiar. Depois veio o Bryan Ferry. Mais uma escolha que não me pareceu fazer muito sentido. O concerto foi muito bom, mas fiquei com a sensação de que se adequava melhor a outros tipos de festival, como o Cool Jazz, por exemplo.
O momento em que a noite realmente começou a valer a pena foi nos primeiros acordes que os Nine Inch Nails tocaram. Reconheci a Wish de imediato e arrepiei-me ao lembrar as vezes que o Chester a cantou em concertos dos Linkin Park. Cantei tudo o que sabia, o que até era pouco, e consegui aproveitar o concerto muito bem, mesmo quando não sabia letras e só reconhecia as melodias ou quando estava a admirar o facto de o público estar todo a cantar a Closer como se não houvesse amanhã. Um dos momentos da noite, para mim, aconteceu neste concerto e digo-vos já que foi o melhor de todos os que vi na quinta-feira. Sim, Os Nine Inch Nails roubaram completamente as atenções. Também gostei de Snow Patrol. Conheço relativamente bem as músicas e gostei muito do ambiente e da forma como o público ia reagindo aos temas. Foi bonito cantar a Chasing Cars, a Crack The Shutters e a Just Say Yes.
Foi tudo muito bonito, mas o que eu queria era ver os Arctic Monkeys. E apesar de achar que NIN foi o melhor concerto da noite, os Arctic não me desiludiram e foi um concerto muito feliz e especial para mim. Cantei as músicas todas, dancei, bati palmas, e só parei de cantar durante uns segundos para olhar para o Alex Turner (sem barba!) e me certificar de que aquilo estava mesmo a acontecer. Ao contrário da maior parte das pessoas, eu gosto do novo álbum, Tranquility Base Hotel and Casino, e, por isso, queria muito ouvir as músicas novas, principalmente Four out of Five e One Point Perspective (adoro o instrumental deste tema!).
Senti que o concerto passou super rápido e teria lá ficado mais duas horas a cantar (o Alex talvez não…), mas finalmente vi os Arctic e agora já é garantido que já vi as minhas bandas todas ao vivo, pelo menos as que é possível ver. Se as produtoras portuguesas me quiserem fazer feliz, é trazer os Arctic novamente, mas fora do contexto festival.
Depois de meses de espera senti que o dia passou a correr (é sempre assim, não é?), mas também senti que o aproveitei devidamente, em cada segundo de cada concerto. Só conhecia o Rock in Rio e, por isso, também foi interessante conhecer outro festival, com outro ambiente. Este ano só deu para um dia, mas espero voltar noutras edições. E já estou a pensar no próximo concerto dos Arctic Monkeys. Quando é que eles voltam mesmo?
É maravilhoso quando esses desencontros são, finalmente, quebrados! Senti o mesmo em relação a Kaiser Chiefs, que vierem a Portugal com alguma frequência, mas, por vários motivos, acabei por nunca conseguir vê-los. Até que, milagrosamente, vieram tocar à Queima das Fitas do Porto, o ano passado, e eu fiquei em êxtase. No último momento, quase que não os via (isto de fazer parte de uma AE com barraca no queimódromo é uma aventura), mas aconteceu 😀
Confesso que já acompanhei com maior regularidade Arctic Monkeys, mas continuo a gostar. E era um concerto que não me importava nada de ver. Ainda bem que conseguiste!
Também tive a sorte de poder ver o concerto dos nossos queridos Macacos do Árctico… Esperei anos para poder ter esta oportunidade e soube tão bem poder agarrá-la com todas as forças e aproveitar este concerto do primeiro segundo ao último! Também gosto bastante do novo álbum e fiquei um pouco triste por não terem cantado a minha favorita, a "The Ultracheese", de resto adorei!
Beijinhos,
http://www.the-mjournal.com
Tal e qual! Também gosto muito da "The Ultracheese"!
Também lá estive e adorei o concerto! 🙂
queria tanto os ver tb mas nao foi desta!
https://rrriotdontdiet.blogspot.com/
É tão bom quando finalmente encontramos assim os nossos artistas favoritos, depois de anos de espera.
Ainda bem que te divertiste e que não te desiludiram 🙂