Gostava de ter contado as vezes que comecei a escrever isto. Queria explicar o que é que este álbum significava para mim, mas não conseguia encontrar as palavras certas. Depois aconteceu o que aconteceu e as palavras continuaram sem aparecer. Quando dei por mim já tinha passado meio ano e ainda não tinha conseguido escrever sobre aquele que é o álbum do meu ano.
As publicações sobre os preferidos do ano só começam daqui a uns dias, mas amanhã, dia 15, é editado o One More Light Live, o álbum ao vivo dos Linkin Park, gravado durante a tour mundial de apresentação do One More Light, e fez sentido para mim sentar-me e ir buscar as palavras que deixei escapar durante metade do ano.
Desde o momento em que saiu o primeiro single, o One More Light adivinhava-se um álbum diferente. Quando a Heavy saiu escrevi sobre essa mudança, mas quando ouvi o álbum pela primeira vez fiquei estupefacta. A Nobody Can Save Me, primeira faixa do álbum, é diferente de todo o reportório de Linkin Park e, no fundo, todo o álbum é diferente. Não acho possível restringir a banda a um estilo musical, mas, se quiserem, este é um álbum mais pop… e muito poderoso.
One More Light é o álbum das letras poderosas e com muita história e significado; é o álbum em que o Chester e o Mike trocam de funções e o Chester faz rap enquanto o Mike é lead singer na Sorry For Now; é o álbum com uma das músicas mais bonitas e poderosas que a banda já fez, a One More Light; é o álbum que, inevitavelmente, vamos sempre recordar como o álbum da despedida do Chester, mesmo que não fosse uma despedida quando foi editado.
O One More Light não é o álbum do meu ano só porque foi o álbum que mais ouvi. O OML é o álbum do meu ano porque conta histórias que podiam ser minhas, porque me fez sentir que crescia ao mesmo tempo dos Linkin Park, porque é um álbum do caraças. E só queria ter tido a oportunidade de o ouvir ao vivo.