Desde que os dispositivos Kobo se tornaram mais comuns em Portugal, uma das perguntas que mais me passaram a fazer quando se falava em e-readers era: porquê um Kindle e não um Kobo? A minha resposta sempre foi prática e honesta: o hábito criado com o Kindle vence. Além disso, muitos dos ebooks que tenho no Kindle foram comprados, pelo que transferi-los para o Kobo não era opção (pelo menos tendo em conta o trabalho e as ilegalidades necessárias para o fazer). No entanto, também sempre disse que se fosse rica gostava de manter um Kindle e um Kobo. Estou longe de ser rica, mas quando o Ricardo me perguntou se queria o Kobo Libra H2O que ele não usava criou-se a oportunidade de concretizar este sonho de leitora.
O que é o Kobo?
O Kobo é o e-reader da Rakuten e, à semelhança do Kindle, é um dispositivo que permite ler livros digitais. À data de publicação deste artigo, o Kobo existe em cinco modelos: Nia, Clara 2E, Libra 2, Sage, Elipsa. Além do preço, estes modelos variam em tamanho, em capacidade e em algumas características. O modelo que eu tenho, o Libra H2O, já não é comercializado novo, apenas encontras em segunda mão ou recondicionado, mas vou apresentar-te as principais características.
Características principais do Kobo Libra H2O:
- tem luz integrada ajustável;
- 8 GB de memória (são milhares de livros);
- ecrã tátil;
- wi-fi;
- carregamento USB;
- leve (pesa 192g);
- à prova de água.
- o preço original dele era de 179,90€.
Kobo Libra H2O vs Kobo Libra 2
O Kobo Libra 2 é uma versão melhorada do Libra H2O. Ambos têm ecrã HD de 7 polegadas, são à prova de água e têm luz integrada. O Libra 2 tem Bluetooth, algo perfeito para quem ouve audiolivros, 32 GB de memória e carregamento USB-C. Além disso, é um bocadinho maior do que o Libra H2O e pesa 215g. Também o preço é maior, claro, 189,90€. Como já deves ter percebido, estes modelos estão longe de serem os mais básicos.
O Kobo Libra H2O
Estou a usar o Kobo há cerca de dois meses e meio e, não sendo o primeiro e-reader com que lido já há várias coisas que espero num dispositivo deste género. Vamos aos pontos positivos: apesar de ser maior do que o meu Kindle, lê-se bem nele (tenho capa, que dobra, para facilitar) e gosto do facto de ter botões para passar páginas, algo que até uso regularmente. Não espero algum dia ter problemas de memória, porque 8GB dá para milhares de livros. A luz integrada é, claro, um factor importante e a bateria é muito boa — diria que supera o Kindle, não por muito, mas supera — e dura praticamente um mês.
Como pontos negativos, que vêm da minha experiência a usar Kindle: gostava de ter integração com Goodreads. Tenho pena de fazer anotações e elas só ficarem ali, perdidas, sozinhas. Também não gosto do algoritmo de pesquisa da Kobo Store, que muitas vezes não encontra livros ou autores que existem na loja. E chateia-me ter de ligar o Kobo ao computador se quiser adicionar ficheiros. O Kindle tem uma opção muito prática, que permite enviar ficheiros por e-mail, e eu acho que a Kobo devia roubar essa forma de funcionar.
Fora isto, tenho gostado de ler no Kobo, até me tenho habituado a ler com ele na horizontal, algo que nunca faço no Kindle. Para ajudar, tenho testado o Kobo Plus (do qual falarei em breve) e terei novidades sobre a eterna discussão Kindle vs. Kobo daqui a uns tempos, para te orientar na escolha do e-reader certo para ti.