‘tis the damn thesis: ideias que surgem no meio do desespero

Beeeeeeem, há que tempos! Comecei com todo o entusiasmo para partilhar o processo de desenvolvimento da tese de mestrado e depois… três meses de silêncio. No início, queria avançar mais na tese para poder escrever estes relatos, no entanto levantou-se um problema: eu estava a avançar muito lentamente. Por vezes estava só parada. Falaremos sobre isso em breve, mas, para já, quero seguir a ordem cronológica dos acontecimentos.

Como contei na primeira publicação desta série, tive um início atribulado. Quando a minha primeira hipótese de tema (e de orientador) foi por água abaixo fiquei perdida. Revi todos os temas em que tinha trabalhado ao longo do primeiro ano, tentei lembrar-me de todas os temas alternativos e estava prestes a desistir quando, num dia aleatório de fim de verão percebi sobre o que é que queria realmente trabalhar. Honestamente, não sei como não cheguei mais rapidamente a esta conclusão. Uma tese de mestrado precisa de ter alguma paixão como base e eu não estava a saber ligar a minha paixão por vários géneros literários com a minha paixão por comunicação, marketing e redes sociais. No entanto, a resposta estava mesmo à minha frente. Foi assim que dei por mim a sentar-me e em quinze minutos tinha uma estrutura definida, com uns parágrafos de apresentação do tema:

Promoção e Divulgação da Literatura no Meio Digital

Sabes quando sentes que as estrelas se alinharam e que finalmente chegaste onde tinhas de chegar? Foi exatamente o que senti quando percebi que queria fazer a minha tese de mestrado sobre Promoção e Divulgação da Literatura no Meio Digital. Ou, simplificando, sobre o impacto que plataformas como o Instagram e TikTok têm na literatura. Finalmente todas as horas passadas a assistir a conteúdo literário nas redes sociais estão a ser úteis!

Quis trabalhar neste tema porque é algo que obviamente me interessa, mas também porque sei que é um tema sobre o qual me imagino a estudar para o resto da vida enquanto leitora, escritora e futura mestre em Estudos Literários. Posto isto, também sabia que a professora a quem ia pedir para ser minha orientadora ia ter interesse no tema e, por isso, não me ia cortar as asas.

O primeiro planeamento

A primeira estrutura que criei para a tese tem sido aprimorada à medida que vou pesquisando e escrevendo, mas não se alterou muito. Sinto que, neste campo, tive sorte. Por ser um tema que me interessa e sobre o qual já costumava pesquisar, tinha desde início uma série de pontos que considero essenciais. Além disso, como quero falar maioritariamente de casos portugueses também soube à partida quais seriam os dois estudos de caso que queria abordar.

De uma forma simples, aquilo que fiz foi escrever uns parágrafos a explicar por que motivo considerava este tema pertinente — uma forma de também tentar explicar o que queria fazer — e, a partir daí, fui pensando numa estrutura possível para aquele trabalho, seguindo uma ordem lógica. Depois fiz uma pesquisa preliminar sobre o tema e sobre temas semelhantes para perceber o que já havia, quais as lacunas que podiam ser preenchidas ou quais os pontos de vista que podia seguir. Com esta primeira pesquisa consegui trabalhar um bocadinho mais a estrutura e, depois de debater com a orientadora, foi meter mãos ao Google e começar a pesquisar a sério.

Neste momento, já li muita bibliografia e já escrevi algumas páginas. Estou atrasada tendo em conta o ponto em que já queria estar, mas estou a esforçar-me por recuperar.

Progresso

Neste momento, estamos assim:

Tema
100%
Título
50%
Orientador
100%
Estrutura
75%
Referências Bibliográficas
50%
Escrita
15%
reunião por zoom
0
reuniões presenciais
0
e-mails trocados
0
artigos lidos
0
páginas escritas
0

4 Replies to “‘tis the damn thesis: ideias que surgem no meio do desespero”

  1. Olá! Achei muito interessante ler o teu texto sobre as dificuldades que tiveste, para escolheres o teu tema para a tua dissertação de mestrado. É algo que todos os alunos de mestrados se identificam. Para mim não foi uma escolha assim tão difícil, por na minha cabeça já ter orientadora estipulado e o facto de esse orientadora me conhecer tão ajudou-me muito. Ela me aconselhou um tema que já tinha apontado, mas ainda não tinha tido coragem de formular. Escrever uma dissertação de mestrado foi dos momentos mais duros que tive de suportar, houve alturas que acreditei que não acabaria. Mas felizmente preparo-me para apresentar a defesa… Desejo-te boa sorte. Que tenhas muito sucesso com a tua dissertação!

    1. Boa sorte para a defesa!!! Acredito que tenha sido um processo complicado e de muitas dúvidas, medos e ansiedade (pelo menos do meu lado está a ser), por isso aproveita o alívio que certamente surgirá quando sentires que o trabalho valeu a pena!

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