daylight

Estamos numa época em que palavras como feminismo e feminista surgem em tudo quanto é sítio, em que a igualdade entre géneros é debatida até à exaustão, em que se defende a igualdade de direitos e, ainda assim, ainda há tanto racismo, tanta desinformação, tanta estupidez. Tenho de ser sincera: às vezes já não tenho paciência para ver coisas sobre feminismo. E isto só acontece porque essas coisas vêm de femenazis e não de feministas. É por isso que quando vejo algo com mensagens relevantes acho importante partilhar. É por isso que venho falar-vos do Hidden Figures.


O Hidden Figures estava na minha lista de filmes para ver, da qual só me falta ver o Lion e o Beauty and the Beast, e era o filme para o qual tinha expectativas mais elevadas. Todas as críticas que li eram tão positivas que eu esperava algo realmente bom… e não me desiludi!

Baseado numa história verídica, Hidden Figures decorre numa época história de que eu gosto bastante: a Guerra Fria, quando os Estados Unidos e a União Soviética travavam a tão conhecida corrida espacial. Ora, o espaço era uma incógnita e os EUA e a URSS queriam ganhar a corrida com um trunfo especial: colocar o Homem no espaço.

Neste contexto, a NASA, numa equipa maioritariamente masculina e branca, teve uma equipa feminina muito importante nesta corrida, uma equipa que torna a mensagem deste filme numa mensagem tão importante nos dias de hoje: uma equipa de mulheres negras que se ultrapassaram e tiveram papéis centrais nas suas equipas.

Essas mulheres negras são Katherine Goble, Dorothy Vaughan e Mary Jackson. Katherine trabalha como matemática numa equipa que parece não confiar totalmente nela, Dorothy coordena a equipa de mulheres negras mas não consegue o papel de supervisora e Mary quer ser engenheira mas parece que o caminho se dificulta de cada vez que se aproxima do objectivo final.

O certo é que todas elas lutam contra os preconceitos de que são vítimas por serem negras, todas acabam por se destacar nos seus postos de trabalho e todas são importantes para que a missão de colocar o Homem no espaço seja sucedida. Ora, na época em que vivemos, o racismo e a descriminação de géneros e de raças é ainda uma questão que precisa de ser debatida. E estas três mulheres conseguem mostrar-nos como é importante lutarmos pelos nossos direitos.

Alguns acontecimentos recentes, principalmente nos Estados Unidos, dão a entender que o mundo continua racista e desrespeitoso mas eu acredito que, se lutarmos da forma certa, lutar pelos direitos humanos nunca será uma batalha perdida. It’s equal rights. I have the right to see fine in every color