2018: O ANO DE RESPIRAR

retrospectiva 2018
Tenho de ser honesta: estou com uma grande dificuldade em descrever 2018. Não sei o que dizer deste ano, não sei o que vos dizer deste ano. 2018 teve algumas coisas boas no meio de um grande oceano de meh e ugh. Não é muito esclarecedor? Em 2018 perdi a esperança e é por isso que estou tão ansiosa pelo novo ano: sempre que um ano começa há um bocadinho mais de esperança pelas coisas boas. Só preciso desse bocadinho. Com tudo o que vão ler aqui é certo que as fotografias bonitas e aquilo de que vos vou falar não vos vai mostrar isso, mas acreditem quando vos digo que 2018 me foi tirando algumas coisas aos poucos. Ao ponto de me deixar sem acreditar num futuro minimamente bom. Um dia, quando me sentir preparada, falar-vos-ei sobre isso. Agora não consigo.
Claro que 2018 também teve coisas boas: muitos pôres-do-sol bonitos, muitas receitas novas (e inventadas), muita escrita, muitos livros, alguns concertos, a Lady… mas estou a adiantar-me.

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Janeiro foi longo e estranho. Por um lado, era mais um Inverno no sítio onde o Inverno dá várias vezes temperaturas negativas. Por outro lado, tentei concentrar-me em algo mais do que a vida normal. Houve neve na Serra e essa era a vista do meu quarto. Continuei a aventurar-me na cozinha, algo de que até gosto, e tentei aperfeiçoar a receita de tarte de maçã que adorei no ano passado. Em Janeiro terminei a primeira parte do meu livro. Acabei a maratona literária de Harry Potter e fiz a maratona cinematográfica da praxe. O Mike Shinoda lançou o Post Traumatic EP e eu passei cerca de 2 horas a ouvir em repeat… e a chorar. Também foi em Janeiro que o NOS Alive anunciou os Arctic Monkeys. E eu peguei no dinheiro que recebi no Natal e comprei o bilhete. Pelo menos tinha algo que esperar do resto do ano.
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Para recordarem Janeiro:
Como cumprir os objectivos de 2018 // Playlist 2008 // Ebooks vs. Livros Físicos // Somewhere Only We Know

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Comecei Fevereiro a ir 24h a Lisboa… praticamente para nada. Compensou o pequeno passeio pelos Jardins da Gulbenkian e, daí, até ao Parque Eduardo VII. Em Fevereiro fiquei fã de Bolas de Berlim de Kinder Bueno, ganhei um primo e tive direito a um dia cheio de gelo… e eu que esperava neve! Terminei a segunda parte do livro e, chegando a meio, acreditei ainda mais que o ia terminar.
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Para recordarem Fevereiro:
Um Texto Muito Genuíno // Conteúdo Relevante e Agendado? Sim, por favor! // Poligamia Literária

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Em Março… nevou!!! NEVOU!!! Aiiiiii, ainda estou feliz por ter nevado. Mesmo que ao meio-dia já tivesse derretido tudo. Foi um dia feliz porque há muito tempo que eu queria que nevasse, porque adorei ter fotografias branquinhas, porque é mesmo bom ver neve de vez em quando. Mas Março teve um propósito maior e mostrou-me aquilo a que quero dedicar-me cada vez mais: ajudar a consciencializar as pessoas em relação à saúde mental. É um trabalho longo, complicado e sei que faço pouca diferença no mundo. Mas uma pessoa de cada vez, não é?
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Para recordarem Março:

I Am The Change // Quase Desisti do Blog // 9 Momentos de 9 Anos de Blogosfera

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Estão a ver o que vos dizia sobre receitas novas? Aquela tarte de côco foi uma experiência que correu muito bem. Em Abril o blog chegou às 150 mil visitas, o Porto ganhou ao Benfica (aquela selfie desfocada foi no pós-jogo) e mais uma vez enchi a blogosfera de livros no Dia Mundial do Livro. Em Abril participei pela primeira vez numa caminhada colectiva e tentei dedicar-me às tostas como motivação de escrita. Resultou.

Para recordarem Abril:
Um Ano de Kindle // Spotify Playlists Tour // Como Criar uma Rotina de Escrita

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Maio foi o melhor mês do meu ano? Provavelmente. Refiz o percurso da caminhada de Abril, desta vez com a Canon, e consegui as fotografias todas que não consegui em Abril porque estava a chover. Em Maio fui oradora num Seminário de Jornalismo, em Trancoso. Falei sobre blogs e foi bom fazê-lo. Mas Maio foi muito mais do que isso. Em Maio o Torres despediu-se do Atleti e eu chorei quase tanto como quando soube que ele ia voltar. Tenho saudades de o ver rojiblanco. Antes disso aconteceu o primeiro fim-de-semana de Maio. E vai ficar na minha memória durante muito tempo.
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2018 foi um ano de futebol. E ainda bem para mim. Já vos disse que perdi a esperança, mas tenho de me corrigir: perdi a esperança em relação a tudo, excepto ao Futebol Clube do Porto. Acreditei no meu clube mesmo quando jogámos uma bosta em Belém. E acreditei porque sabia que este dia estava a chegar. No dia 5 de Maio fomos campeões. E puta que pariu, que sentimento do caraças! Tinha saudades, mas tinha ainda mais saudades de sentir o espírito deste grande clube. Obrigada, novamente, Sérgio Conceição! Como se isto não fosse já incrível o suficiente para recordar… no dia seguinte terminei de escrever o meu 3.º livro. Chorei durante meia hora. Durante anos acreditei que nunca iria voltar a terminar um livro. Terminei-o. Carago, ainda consigo terminar livros!
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Para recordarem Maio:
Diário de Escrita #7 // A Luz Que Perdemos // Desculpem, Mas Tenho de Falar de Futebol

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Mais um mês, mais comidas. Uma tarte de nata e a minha primeira vez a fazer crepes… sem os partir! Também podia ter feito aquela francesinha ali em baixo, mas ainda não foi este ano que tentei aventurar-me num dos meus pratos preferidos. Em Junho passeei um bocadinho pela Feira Medieval de Trancoso, vi a Shakira ao vivo (era para ter sido em Novembro de 2017…) e meti mãos à obra e pintei o portão, portas e um corrimão. Descobri que até gosto de pintar coisas. Passei ao lado de uma carreira promissora. Por fim, Junho trouxe o Mundial, alguns nervos e a desculpa ideal para usar a camisola da selecção que roubei ao meu padrinho e que é a mesma ali de cima, do Conceição.
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Para recordarem Junho:
Quanto de Real tem uma Personagem de Ficção // 7 Formas Fáceis de Ajudar o Ambiente

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Tendo em conta que passei a primeira metade de Julho doente, primeiro com um torcicolo e depois com uma crise alérgica terrível, é justo começar já a falar do NOS Alive. O Alive foi especial por vários motivos: conheci o Jota, que amo do fundo do coração, vi os Arctic Monkeys ao vivo depois de muita espera, apaixonei-me ainda mais por Snow Patrol e percebi que uma parte de mim que estava adormecida ainda existia: a da rockeira que delirou com Nine Inch Nails e o consagrou o melhor concerto da noite. Obrigada pela companhia e por tudo, Jotinha!
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Em Julho revi a Lyne e o Miguel e foi, provavelmente, o mês em que me senti menos abandonada. Vi um eclipse, que parecia que nunca mais aparecia, e tive uma fotografia minha seleccionada para o perfil da Somersby Portugal. Adorei, até porque adoro a apple cider deles. Aaaah, esperem! Não vos contei a melhor parte de estar doente: fui para as Urgências, senti-me mal lá, a enfermeira que me atendeu conseguiu fazer-me entrar em pânico e tive o maior ataque de pânico de que tenho memória. Depois perguntam-me como é que sou tão hipocondríaca: a enfermeira viu que o meu ritmo cardíaco estava mais acelerado do que o normal (porque eu não conseguia respirar) e começou a olhar para mim e para a máquina com um ar tão assustado que eu acreditei que ia morrer. Estou a rir enquanto escrevo isto, mas fica aqui escrito que se aquela enfermeira estiver de serviço quando eu precisar de ir ao Centro de Saúde é possível que eu lhe peça que para me vendar de forma a que não veja as expressões dela.  
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Para recordarem Julho:
3 Anos, 3 Posts // Um Ano Sem Chester

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Olá, o meu nome é Sofia Costa Lima e este ano vi o To All The Boys I’ve Loved Before 7 vezes. Talvez oito, que ainda estou a ponderar ver antes de o dia acabar. Sim, gostei mesmo da adaptação. Sim, sou muito básica e também me apaixonei pelo Noah Centineo. Que fazer? (…) Este ano, o jardim presenteou-nos com girassóis de mais de 2 metros e fiquei muito feliz por o ter todo cheio da minha flor preferida. Em Agosto fui a três concertos: Richie Campbell, Rui Veloso e João Pedro Pais, todos em Trancoso. Mas a fotografia que quero mesmo destacar daqui é a selfie desfocada. A minha mãe apoiou-me a vida toda, mas este ano foi ainda mais indispensável tê-la do meu lado. Não sei se teria aguentado de outra forma.
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Para recordarem Agosto:
Preto & Branco // What’s On My Kindle // 180 Seconds

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Este ano aprendi a fazer serradura e baba de camelo. Com tanta coisa que aprendi a fazer também tive de recuperar os meus batidos. No Verão é quase obrigatório para mim beber pelo menos um batido de fruta por dia. Só de pensar que quando comprei o mini-liquidificador me senti tão adulta (foi prenda de mim para mim quando me licenciei) e este ano me senti tão pouco adulta… Talvez a coisa mais adulta tenha sido arriscar e fazer vídeos regulares no Youtube. Ainda preciso de pensar bem no que quero do canal em 2019, mas valeu a pena brincar com a zona de conforto.
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Para recordarem Setembro:
Onde é que te vias há 5 anos? // Q&A de Instagram

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Em Outubro… bem, primeiro tive obras em casa. Conheci a Lady B e, no final do mês, ela veio viver connosco. Esta foto aqui em baixo foi a nossa primeira selfie, na viagem para casa… a primeira vez da Lady a andar de carro! A Lady veio no final de Outubro, mas trouxe o amor que tinha vindo a faltar na minha vida. É maravilhoso pensar como uma coisinha tão pequena consegue ter tanto amor para dar, não é?
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Em Outubro também acompanhei a minha mãe ao Coliseu dos Recreios, em Lisboa, para o concerto dos 20 anos de carreira do João Pedro Pais. No dia seguinte gravei o podcast Entre LinhasAlgo que talvez tenham notado este ano é que só fui mesmo a Lisboa quatro vezes, não estive a viver lá. O que não notaram foi que não tenciono voltar para lá, pelo menos num futuro próximo. Estou cansada de Lisboa, cansada de fugir do sítio onde quero estar porque tenho medo. Espero que o próximo ano me leve para o sítio onde quero estar. E depois falar-vos-ei de tudo o que percebi sobre mim, sobre Lisboa e sobre a vida ao longo dos últimos dois anos.
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Para recordarem Outubro:
10 Posts Esquecidos no meu Arquivo //Ler Muito Sem Ir À Falência

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Fiz 24 anos em Novembro e nunca me senti tão mal com um aniversário. Para terem noção: eu removi a data das redes sociais e não quis qualquer tipo de celebração. Senti-me muito mal comigo, senti que estou a falhar, que já devia ter ido a sítios, feito coisas, já devia ter X e Y, já devia ser A, B e C, já devia tanta coisa e ainda não cheguei a nada. Não sei se me compreenderiam se me explicasse, mas se tivesse de escolher uma palavra para 2018 seria respirar. Não por ter tido problemas respiratórios no Verão, mas porque precisei de respirar muitas vezes para não desabar, para não chorar. Porque muitas vezes me esqueci de respirar e tive de suster a respiração para não absorver tudo o que de mal me fizeram sentir este ano. Um dia talvez olhe para 2018 e veja um ano medíocre que até me ensinou coisas, mas por agora só consigo olhar para 2018 e ver o ano que me impediu de respirar correctamente, que me sufocou, que me fez sentir insuficiente, perdida, sozinha, abandonada, burra, um estorvo, uma desilusão. Talvez nunca venha a explicar tudo isto, mas tinha de o dizer.
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Para recordarem Novembro:
Digam Olá à Lady B // 23 Coisas que Aprendi aos 23

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E eis-nos chegados ao último mês do ano. Ao último dia do ano. O mês do Natal, o mês do fim. O mês em que não me permiti relaxar com o blog porque depois de um mês sem computador queria compensar todo o tempo perdido. Ainda não sei se valeu a pena, mas posso dizer que publiquei tudo o que queria publicar e começo 2019 sem rascunhos perdidos no tempo. Ano novo, ficha limpa. Ainda há muitas coisas de 2018 sobre as quais quero meditar, mas há uma coisa que posso dizer já: nunca tive tanto orgulho no meu blog como tive este ano. Okay, às vezes chateei-me, às vezes achei que merecia mais, outras vezes pensei muito antes de publicar. Mas este ano respeitei o meu trabalho aqui. Deixei de comparar o meu conteúdo, as minhas estatísticas, aos blogs que sigo ou segui. E, a certo ponto, deixei de me preocupar com algumas partes das estatísticas. Vou ainda passar em vistoria tudo o que fiz este ano antes de preparar o próximo, mas sei que este ano consegui maioritariamente o que queria no blog. E tenho de agradecer a quem continuou a vir até aqui mesmo quando eu estive dias sem poder publicar. Obrigada, do fundo do coração, por se importarem com o que eu digo.
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As minhas publicações de retrospectiva são sempre gigantes. Nem peço desculpa, porque não podia ser de outra forma. Mas para terminar queria só registar uma coisa: 2018 não foi fácil, nem sempre foi bom, mas espero que o vosso tenha sido muito melhor. E espero que 2019 seja ainda melhor. Tem de ser, não é? Espero consigo respirar.
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Para recordarem Dezembro:
Um Mês de Lady // 100 Sugestões de Livros // A Sustentabilidade Está na Moda? // O Movie36 Mais Emocionante de Sempre

2018 em revista:
Outros anos em retrospectiva:

6 Replies to “2018: O ANO DE RESPIRAR”

  1. Foi um ano com coisas muito bonitas. Agarra-te a todas elas, porque têm uma energia reconfortante e porque são elas que impulsionam a seguir em frente. Espero, de coração, que 2019 seja mais feliz, mais iluminado e com muito amor. Tu mereces 🙂

  2. Ainda que tenham existido muitos percalços e sensações menos boas, vejo que existiram muitos bons momentos e novas experiências, por isso, agarra-te a essas coisas boas, que te fizeram levantar e ter coragem de enfrentar mais um dia.
    Vejo que 2018 não foi fácil, por isso, espero que 2019 te surpreenda muito e te dê tudo que não foi dado. Bom Ano, Sofia 🙂
    Beijinho

  3. Olha eeeeeu, eheh, foi muito bom rever-te, sabes? E acompanhar tudo o que fazes, mesmo quando não expresso os meus pensamentos!
    2018 pode ter sido uma autêntica desgraça, mas como já te disse, 2019 compensar-te-á, tenho a certeza disso!!
    Tudo o resto posso to dizer em privado e ao longo do ano, ✨. Por aqui estarei para ti! ?

    Beijoooooo,
    LYNE, IMPERIUM BLOG

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