Geografia: a estreia na poesia de Sophia

Na escola líamos e analisávamos poesia, mas nunca me consegui interessar por completo pelo género. Tive a fase de tentar escrever poemas, mas eram terríveis e deixei-me dessas coisas. Em 2018 li o meu primeiro livro de poesia, Milk and Honey, da Rupi Kaur, e detestei. Soube logo que precisava de investir noutro tipo de poesia. Foi assim que, em Novembro, o Geografia, da Sophia de Mello Breyner Andresen, surgiu na minha biblioteca.

Aprender a ler poesia...

Acho que o meu maior problema com a poesia é que aprendi a analisá-la mas não tanto a lê-la. Ou, pelo menos, a lê-la com a atenção e sentimento de que precisa. Se o livro da Rupi Kaur não conseguiu agradar-me, o livro da Sophia fez o oposto e prendeu-me por completo.

A poesia de Sophia é simples e complexa em igual medida. Pode parecer uma contradição estranha, mas a verdade é que há muitas referências na poesia dela, tornando-a mais complexa, mas, ao mesmo tempo, são palavras tão simples, que nos conseguem tocar.

... ou pelo menos tentar

Estou tão longe de ser uma entendida em poesia que, obviamente, esta opinião vale o que vale. No entanto, a ligação que consegui criar com o livro ficará marcada durante muito tempo. É engraçado porque a complexidade inerente à poesia de Sophia não conseguiu afastar-me e dei por mim a colocar marcadores nos poemas com os quais mais me identifiquei.

No fundo, acho que Geografia foi o livro que me mostrou que ainda tenho muita poesia pela qual me apaixonar. A começar pela de Sophia.

Título original: Geografia
Autora: Sophia de Mello Breyner Andresen
Ano: 2014

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2 Replies to “Geografia: a estreia na poesia de Sophia”

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