Quando te tornas uma autora publicada não há volta a dar… ou será que há? No início de 2022 deixei de ser uma autora publicada. Podes procurar os meus livros online que não vais encontrá-los. Depois de tantos anos, tenho quase uma ficha limpa na escrita. Que sensação estranha!
Recuperei os direitos dos meus livros
Como talvez saibas, em 2013 e em 2014 publiquei livros com a (na altura) Chiado Editora. O Teremos Sempre Londres (ed. 2013) tinha sido escrito quando eu tinha 15 anos e foi o primeiro a ser publicado. Seguiu-se o Seja O Que For O Amor (ed. 2014), do qual falei recentemente, que era uma compilação de textos escritos no meu blog da época.
Sempre disse que não me arrependia das publicações porque aprendi muito graças a elas, mas, para ser justa, meio que me arrependia de ter publicado tão cedo. Tudo o que aprendi sobre e escrita e sobre a vida desde os 18 anos, dava-me sempre a sensação de que podia ter feito tão melhor se tivesse esperado. Claro que, se tivesse esperado, acho que não tinha publicado sequer, mas isso são conversas para os e se da vida.
Depois de ponderar a situação da minha vida de escrita, acabei por decidir que estava na hora de terminar os contractos de publicação e reaver os direitos de autor do Teremos Sempre Londres e do Seja O Que For O Amor. O processo foi rápido e simples, com uma grande profissionalidade da editora. Em poucos dias rescindi o contracto e recebi o valor de direitos de autor que estava pendente.
E agora? O que é que isto significa?
A partir do momento em que os contractos terminaram os livros deixaram de estar disponíveis para compra. Neste momento, se não fosse o facto de ter cópias em casa, não havia grandes provas de existência destes livros. Portanto, para os encontrares só mesmo em vendas em segunda mão ou em bibliotecas.
O facto de os direitos serem meus significa que, se quiser fazer novas edições destes livros, poderei republicá-los quando e como quiser. No caso do Seja O Que For O Amor não tenciono fazer qualquer republicação. O livro fez sentido numa determinada altura e já não representa uma pessoa com quem me identifico. Acho que teve a vida que merecia.
No caso do Teremos Sempre Londres, gostava muito de voltar a trabalhar nele um dia, mas também tenho tantas ideias em que gostava de trabalhar que não sei quando ou se esse dia chegará. É esperar e ver no que dá.
De autora publicada a autora não publicada
A sensação que fica depois desta decisão é a de ficha limpa, de poder começar quase de novo. Eu gosto desta sensação. Claro que não é realmente uma ficha limpa, mas é uma boa oportunidade e uma forma bonita de tentar começar uma nova fase.
É quase como um renascer! Seja o que for que venha a seguir, cá estarei para acompanhar <3
Obrigada por ires partilhando a tua experiência
Obrigada por estares desse lado, sempre com tanto entusiasmo e interesse! 💙