daylight

Setembro foi um mês de muito trabalho, quase dando saudades daqueles dias de Agosto em que pouco havia que fazer. Também foi um mês longo, não por ser insuportável mas porque foi um mês em que aconteceu muita coisa. Quis começá-lo no caos, o que não foi uma ideia muito inteligente, mas tinha de ser assim.

Comecei o mês a tentar camuflar sentimentos e pensamentos e enquanto fugia deles perdi-me de forma descomunal e encontrei-me de forma inesperada. No meio da confusão li pouco, escrevi pouco, fiz pouco. Tive dias em que simplesmente cheguei a casa, deitei-me na cama e passei horas a ver TikToks ou a fingir que era útil o scroll infinito nas redes sociais. No entanto, depois de ir inesperadamente passar um fim-de-semana a casa, com a Lady, senti-me a recentrar. A tentar criar uma nova ordem, percebi que o caos e a loucura do início do mês não era o que queria, que já tinha passado aquela fase. Se decidi completamente o que quero? Não, mas tenho optado pelas micro-decisões, por perceber a cada momento se estou a ir para onde quero ou se estou a seguir caminhos que não me interessam verdadeiramente.

Infelizmente, Setembro não foi o mês em que consegui resolver assuntos problemáticos sobre o mestrado. Também não foi o mês em que dar segundas oportunidades se revelou inteligente. Mas foi o mês em que conheci finalmente a Andreia, com panquecas e pavlova a acompanhar, e em que, depois de muita insistência, tive respostas que acalmaram as dores de Agosto e ainda acabei por conseguir trazer de volta à minha vida algo que tinha fugido anteriormente. Se é para manter? Só o tempo o dirá.

Setembro foi um desafio mental e laboral. Para Outubro quero essencialmente uma rotina saudável, enquanto mantenho relações saudáveis e paro de evitar a escrita por ter medo de escrever as palavras que sei que me vão magoar.