Este mês foi… o pior mês do ano. Digo isto assim porque me recuso a ter outro mês tão mau quanto este. Sei que o disse em janeiro e em fevereiro, mas nenhuma da ansiedade que senti naqueles meses se assemelha à que senti em março, em que passei um fim-de-semana inteiro a sentir a mente numa espécie de nevoeiro e só chorava porque se não me conseguia concentrar não conseguia ler nem conseguia escrever e se não conseguia ler nem escrever não conseguia trabalhar na tese e se não conseguia trabalhar na tese como é que ia acabá-la e… bem, estás a perceber a ideia, certo? O primeiro trimestre do ano foi mesmo de deitar abaixo, mas há esperança.
Este mês entreguei a minha carta de demissão (falei disso na newsletter) e, embora não tenha conseguido fazer muito do que queria na tese, pela primeira vez em meses, cheguei ao fim de uma semana sem me sentir mentalmente exausta. Aconteceu ontem, pronto, mas não acontecia há meses. Abril vai ser melhor. O resto do ano vai ser melhor. Vais ver.
Março num relance
Este mês li…
Sei que me vou querer alongar sobre isto posteriormente, mas março foi inconstante nas leituras. Isto descambou no fim de fevereiro. Comecei a ler Eliete, da Dulce Maria Cardoso, e estava a gostar, mas já estava numa fase em que não me conseguia concentrar muito e em que chegava a casa exausta, sem conseguir ler. Foram duas semanas sem ler. Li-o de seguida no fim-de-semana em que estive em casa. Depois seguiram-se outras quase duas semanas sem ler. Começava livros, mas percebia que não estava a conseguir ler. Até que fui ler umas crónicas e também me comecei a sentir melhor, por isso li três livros nos últimos dias do mês, todos pequeninos: O Estrangeiro, Open Water (candidato a favoritos do ano) e os poemas da Margaret Atwood em Dearly. Levo dois livros para terminar em abril e uma TBR de que falaremos ali abaixo.
O que vi…
Olha, vi coisas! Vi o especial que a Miley lançou na Disney+ a propósito do novo álbum. Vi dois filmes no primeiro fim-de-semana do mês, que passei com amigos, o Shotgun Wedding e o I Wanna Dance With Somebody. E andei a ver Daisy Jones & The Six, de que falaremos daqui a uns tempos.
O que ouvi…
Uma coisa curiosa sobre este mês: apesar da fraca concentração, consegui ouvir muitos podcasts, principalmente no trabalho — até porque não saí muito para caminhar. Destacados na playlist do mês temos um episódio do podcast do Raminhos que teve a Tânia Graça como convidada; o episódio d’A Minha Geração sobre os movimentos que se têm criado para exigir melhores condições de habitação; episódios do On Purpose, um sobre ansiedade e outro com o John Legend, que adoro; dois episódios do Livra-te, o do Dia da Mulher e o episódio dedicado à Taylor; o episódio do Congresso Botânico de que já falei numa publicação; a entrevista que a Rita da Nova deu ao Ponto Final, Parágrafo; e um especial d’A Beleza das Pequenas Coisas, nos 50 anos do Expresso, que tem a Dulce Maria Cardoso e o Kalaf Epalanga.
Em música, temos Taylor Swift (incluindo música nova e música que me deu força para este mês), músicas novas da Miley Cyrus, da Lana del Rey, dos GNR, do Mike Shinoda e do Hozier. E mais uma série de coisas que fui ouvindo muito este mês, incluindo, choca-te, Carolina Deslandes.
Em detalhe...
Este mês foi bom porque…
- A Lady mimou-me muito no fim-de-semana em que estive lá;
- No último dia do mês consegui estar tranquila e sentir-me eu… como não acontecia há meses.
O que não correu bem…
- Por onde começo?
Os objetivos de março…
- Começar o tratamento dentário; (a decorrer)
- Terminar os estudos de caso da tese; (fiz a entrevista de um, lixei-me com o outro)
- Pagar IUC. (feito)
Olhar para o futuro
Objetivos para abril
- Fazer TAC;
- Terminar os estudos de caso da tese;
- Terminar parte 1 da tese;
- Ir a casa.
TBR para fevereiro
Para terminar:
- Maremoto
- Reaccionário com dois cês
Das TBR anteriores:
- Inverno
- The Dead Romantics
- Songs in Ursa Major
- Com o Humor não se Brinca
O teu mês foi em grande e bastante agitado!
Apesar de tudo o que importa são as memórias que ficam!
Um beijinho!