- Quando: 30 de setembro de 2023
- Gatilhos: luto; abuso de substâncias; saúde mental
Não sei quantas vezes o li, mas ainda tenho na memória pedir 4€ à minha mãe para o comprar na feira do livro da escola básica. Andava no 5.º ou no 6.º ano, não sei bem. É possível que este seja o livro que mais vezes li na vida e o primeiro livro que comprei por mim. No final de setembro, nos dias em que passei em casa da minha mãe, andei a arrumar livros e, motivada pela reedição recente deste livro, dei por mim a sentar-me no sofá a relê-lo.
A Lua de Joana é escrito em formato diário por Joana para Marta, a melhor amiga que morreu de overdose. Estamos em 1992 e, além de todas as emoções da adolescência, Joana tem de lidar com o luto numa morte que não consegue compreender.
Sei que, para muita gente, este foi um livro que fez parte da nossa adolescência. Embora sinta que representa muito melhor a geração jovem dos anos 90, foi um livro que me marcou muito quando o li. Não sei se esta nova edição vai marcar da mesma forma a geração que o for descobrir agora. Os problemas desta geração já são tão diferentes. No entanto, apesar de ter notado uma série de pormenores de escrita que hoje não teriam permitido que eu adorasse o livro como adorei na altura, continua a ser inegável que A Lua de Joana é um marco na literatura portuguesa para públicos jovem adultos e, mesmo que ainda não tenham criado tecnologia para dar voz aos cães (desculpa, Joana!), sinto que todos ficámos um bocadinho menos sozinhos com este livro.
Li na adolescência e marcou-me muito. Ainda me lembro bem do baloiço em meia lua da Joana, e do quanto queria um para o meu quarto 😅
Também o li quando era mais nova, marcou-me tanto que estará sempre entre os meus favoritos!
Agora deste-me vontade de o voltar a ler