Ontem, dia 9, dois dos candidatos às eleições do próximo dia 4 de Outubro reuniram-se num dos debates típicos pré-eleições. Pedro Passos Coelho, o actual Primeiro-Ministro, e António Costa foram figuras de um debate histórico em Portugal: os três canais portugueses (RTP, SIC e TVI) juntaram os seus jornalistas para moderar o debate e isso é histórico.
Não vi o debate completo. Não só não percebo grande coisa de política como também percebi logo que aquele debate ia centrar-se mais no passado do que no futuro e eu não preciso de um debate para saber o que aconteceu no passado. É mais do que certo que um deles será primeiro-ministro, mesmo que haja outros candidatos. O PS e o PSD são as maiores forças políticas em Portugal e os restantes partidos acabam por ficar um pouco esquecidos nesta história.
Sinceramente, eu não espero milagres da parte de nenhum dos candidatos. As promessas políticas nunca me fascinaram, nem a nível nacional e muito menos a nível local. Na política acho que nos tentam iludir, tentam passar a ideia de que podem restituir reformas e pensões quando, na verdade, talvez não seja assim tão simples.
Eu não quero promessas vãs nem recordações do passado. Eu quero ideias certas e possíveis para o futuro, quero projectos que me dêem algo concreto, quero saber como é que se vai evitar novas situações como a do BES, quero saber quando é que alguém vai olhar para o interior e perceber que também faz parte de Portugal, quero saber quando é que vai deixar de haver pessoas com reformas e pensões exorbitantes. Eu não quero que me venham com programas de Governo irrealistas, não quero saber de repetições sobre o passado.
Eu quero que as pessoas percebam que a mudança começa em cada freguesia, em cada concelho. Se não consideras nenhum dos candidatos suficientemente bom para governar o País, em Outubro faz-te ouvir na mesa de voto. Deixa os votos em branco e os nulos. Deixa o sossego da tua casa e vai votar no candidato que consideres ter o perfil indicado. Há mais além destes, não precisas de te ficar pelos senhores que aparecem mais na televisão. Eu já sei em quem vou votar. Não preciso da campanha, não preciso de ver debates completos. Mas lembra-te: ninguém faz milagres, mesmo que os prometam.
Créditos da Imagem: Diário de Notícias
Não poderia estar mais de acordo. Em cada um de nós está a mudança.
Um cumprimento especial de uma pessoa que pouco aprecias.
O Gonçalo.
Milagre: concordámos em alguma coisa!
Vi 20 minutos do debate e desliguei a tv. Nunca vi um debate tão mau. Dou os parabéns aos jornalistas, pois juntaram-se e fizeram um óptimo trabalho. Atacavam quando tinham que o fazer e mandavam calar os homens (mesmo que não o tenham feito). Parabéns! Agora os dois senhores que lá estavam sentados tiveram a inteligência de mandar bocas um ao outro. Ah eu fiz isto. Alto lá mas eu fiz melhor. Os debates são sempre assim, mandam bocas e nunca respondem a nada. Houve uma senhora do BE que disse ficou muito por explicar (disse outra coisa do tipo – Falaram de tudo menos das medidas). Aquilo eram ataques atrás de ataques. Não sei se reparaste mas o Passos teve um tempo a chamar o seu ante antecedor em vez de o Engº José Socrátes… depois soltou a língua…
Eu só vi algumas partes; não tinha paciência para mais. E concordo contigo: só se atacavam mutuamente sem explicarem, de facto, aquilo que iam fazer…