fiz uma tatuagem!

Desde o final da adolescência que a ideia de fazer uma tatuagem me seguia, mas, mesmo com algumas ideias daquilo que queria tatuar, adiava a concretização — por falta de dinheiro, por indecisão, por incerteza. Além de não ser algo que considere barato, é uma decisão que nos marca para a vida (apesar de ser possível remover tatuagens) e havia sempre algo que me impedia. Bem… not anymore.

O desenho

Comecei a pensar seriamente numa tatuagem há uns meses, mas estava sempre a mudar de ideias sobre o desenho. Até que percebi aquilo que queria meter na pele. Pesquisei no Pinterest e no Instagram algumas tatuagens do género e até pesquisei tatuagens com as mesmas palavras, para ver o que surgia. Percebi facilmente que queria seguir o modelo das tatuagens fine line, normalmente mais minimalistas e discretas, que resultam muito bem com palavras. Depois, pesquisei um tipo de letra bonito e semelhante ao que queria e fiz um modelo simples no Canva. Foi essa imagem que enviei à tatuadora quando pedi informações e orçamento.

O processo

Pesquisei vários tatuadores no Porto, na Maia e em Gaia, vi portefólios e pedi sugestões no Twitter e Instagram. Felizmente, um perfil de Instagram que vi cativou-me logo e consegui feedback direto de alguém que já tinha feito uma tatuagem lá. Se vires os trabalhos do estúdio Farol (@faroltattoo) vais perceber logo o motivo pelo qual achei que era a combinação ideal.

Enviei uma mensagem para saber como receber informações e acabámos por tratar de tudo via Instagram. Partilhei o desenho e alguma inspiração, disse qual era o tamanho que pretendia e o local. O orçamento é feito com base no tipo de desenho, tamanho e local. Depois disso foi só combinarmos dia e hora e ela partilhou algumas dicas para o dia em que se vai fazer a tatuagem.

No dia em que fui conversámos um bocadinho, acertámos tipo de letra e tamanho, sempre a Phi a confirmar se estava exatamente como eu tinha idealizado. Foi um momento descontraído, gostei muito da música de fundo e estava tão confortável que mal senti dor. Um desconfortozinho, sim, que me fez lembrar as sessões de depilação a laser — mais dolorosas do que uma tatuagem.

No final foram-me dadas algumas indicações para o processo de cicatrização, com o tipo de sabonete a usar na área e pomada cicatrizante, e alguns cuidados para garantir que a pele (e a tatuagem) fica impecável.

Foi tudo tão tranquilo e gostei tanto do resultado que acredito que vou fazer as outras tatuagens que gostava de fazer muito mais depressa do que imaginava — okay, pronto, não muito depressa porque há outras prioridades monetárias. Nos meus planos está outra tatuagem relacionada com música e mais duas que representam partes muito importantes da minha vida.

O significado

Quis tatuar wildest dreams porque, além de ser uma das minhas músicas preferidas, foi a música que mais ouvi no último ano e à qual acabei por atribuir vários significados pessoais ao longo do tempo. Mais do que ser uma música sobre as memórias de um amor que termina (e já sabemos à partida que vai terminar), wildest dreams para mim significa a liberdade de sonhar mais alto do que parece possível concretizar, significa conseguir abrir o coração mesmo quando temos medo, significa acreditar em algo maior do que nós, significa recomeços, significa arriscar. Não é à toa que wildest dreams é o nome de código do rascunho em que estou a trabalhar. Wildest dreams vai estar sempre associada a este ano, sim, mas é mais do que isso, é muito mais do que isso.

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