São raros os desafios literários que a Andreia cria aos quais eu não adiro. Como ela tenta sempre dar pormenores diferentes a cada desafio, sei que todos eles me vão permitir falar de livros diferentes ou voltar aos meus queridos de sempre. Quando vi o Desafio Marcar Histórias achei que tinha aqui mais uma excelente desculpa para falar de livros.
um livro para rir
Crónica dos Bons Malandros, de Mário Zambujal
Além de ser um dos meus livros portugueses preferidos, também é o livro que mais me fez rir. Sei que, algures, já contei a história, mas li este livro pela primeira numa viagem de comboio para Lisboa e ri tanto que sei que, não fosse a carruagem ir praticamente vazia, teria sido um dos momentos mais vergonhosos da minha vida.
um livro para viajar no tempo
A Cidade das Mulheres, de Elizabeth Gilbert
Falei dele há pouco tempo, mas tinha de voltar. É ficção histórica e remete-nos de tal forma para Nova Iorque e para os anos de 1940 que é uma viagem absolutamente imperdível.
um livro para sair da zona de conforto
The Song of Achiles, de Madeline Miller
Tenho uma relação complicada com este livro e ainda não o li. Estou constantemente a decidir se o leio ou não. Eu não percebo de mitos e, por isso, estou sempre a decidir que, se calhar, não é boa ideia ler algo que posso não perceber. Mas, depois, alguém fala muito bem do livro e eu penso que se calhar podia tentar. E andamos nisto.
um livro que gostavas que fosse abordado numa aula de português
O Retorno, de Dulce Maria Cardoso
Acredito que O Retorno tem uma série de características muito atrativas para aulas de Português. Primeiro, é uma autora portuguesa; segundo, é escrito pela perspetiva de um adolescente; terceiro, tem a enorme vantagem de ligar a um período histórico importante. Como a Dulce também não tem aqui uma escrita muito comum a nível de estrutura de texto, acho mesmo que era um livro interessante para uma aula de Português.
um autor a que queres voltar
Gabriel García Márquez, sempre.
Entre livros por ler e livros por comprar, tenho García Márquez para me entreter por mais uns anos, mas sei que irei sempre voltar a ele. Já tenho saudades e tudo.
um livro que aconselhas a toda a gente
Mesmo quando acho que um livro devia ser lido por toda a gente, como aconteceu, por exemplo, com Racismo no País dos Brancos Costumes, da Joana Gorjão Henriques, a verdade é que eu não sou muito de achar ter um livro que recomendo a toda a gente.
um livro para ler à lareira
Outono, de Ali Smith
Peço desde já desculpa, mas acho mesmo que a vibe certa para ler Outono é à lareira. Eu li-o na cama, com velas, foi giro, mas não foi a mesma coisa.
um livro para ler no teu lugar favorito
O Dicionário das Palavras Perdidas para ler nos Jardins do Palácio de Cristal, só porque acho conceito
Estou tentada a testar o conceito. Aguardem informações.
um autor que devia ser mais falado
Djaimilia Pereira de Almeida
Falei disto com a Andreia há pouco tempo, quando estava a ler Maremoto. Acho que a Djaimilia merecia andar por todo o lado. É uma escritora incrível e sinto que a pequena bolha que o algoritmo me mostra precisava de falar mais dela.
um livro para esquecer porque não encheu as medidas
Quem me dera esquecer o Harry Potter e a Criança Amaldiçoada…
um livro que achaste que nunca ias ler
Qualquer um de poesia que tenha lido.
um livro que esteja na tua estante há mais de um ano
A Amiga Genial, de Elena Ferrante
Mas é para breve. Prometo.
O meu coração não aguenta! Obrigada 🥹💙
Estive quase para referir O Retorno na mesma categoria e também partilho da opinião que Djaimilia Pereira de Almeida deveria ser mais falada
Que lista tão bonita!