O conto de Abril chegou tão atrasado, mas tão atrasado, que poderia perfeitamente ser sobre a CP. Não é. Apesar do atraso, e tal como foi prometido, o conto de Abril, publicado ontem, é a continuação do conto de Fevereiro. Se não leste a primeira parte, ou precisas de avivar a memória, podes clicar aqui para o ler.
Tal como já deves estar habituado, a publicação que se segue contém informações sobre o conto, pelo que, se ainda não o fizeste, convido-te a…
Porquê uma continuação
Quando comecei a trabalhar na primeira parte não pensava em criar uma continuação. Era uma história só. À medida que ia escrevendo percebi que, se calhar, tinha mais alguma coisa para contar. Quando terminei o primeiro conto sabia como queria terminar o segundo, mas não sabia como lá chegar. Senti logo que esta história não terminava ali e precisava de mais. Por coincidência acabei por a publicar no Dia Internacional de Luta contra Homofobia e Transfobia. Não foi propositado, mas foi uma coincidência muito feliz.
O atraso
Como disse, sabia como queria terminar, mas não sabia como chegar lá. Pensei em várias coisas, mas, como já falei aqui no blog, em Abril tive um período difícil e a escrita não fluía. Depois começou a fluir, mas a ideia que eu estava a seguir estava a fazer-me parar várias vezes. Não era o caminho certo.
Fui adiando e adiando porque não sabia como passar daquele ponto. Fica a dica: se não estão a conseguir passar de um ponto talvez estejam a seguir o rumo errado. Não é fácil reconstruir aquilo que já se tinha feito, mas às vezes é preciso fazê-lo.
Ontem de manhã acordei decidida a terminar o conto, que é como quem diz: recomeçar tudo e escrever o conto inteiro. Escrevi o conto todo ontem. Quase 1500 palavras escritas de rajada. Não é fácil e, definitivamente, não é para pessoas que queiram manter a sanidade mental. Até correu bem, por isso tive sorte.
A mania dos twists
No primeiro conto deste ano, o Ano Novo nos Açores, dei um pequeno twist na história. Suponho que lhe apanhei o gosto porque, desta vez, quis dar um ainda maior. A verdade é que soube sempre que queria este final: o Pedro e o Rodrigo encontravam-se muitos anos depois e já não estavam juntos, mas estavam bem. Nunca planeei terminar a história com eles juntos. Queria algo mais real, mais forte. No conto de Junho também há um twist, por isso espero que não estejam cansados destas reviravoltas.
O importante é que conseguiste! E valeu totalmente a pena esperar por ele *-*
Estou rendida à história do Pedro e do Rodrigo. E não posso deixar de destacar esta parte: «— Sempre tiveste receio de não ser aceite porque sempre achaste que tinhas de te explicar. Não tens de explicar quem és».
Já és a segunda pessoa a destacar essa parte e eu estive quase para a apagar! ?
Que saudades dos teus contos! ?
Já tinha adorado a primeira parte deste conto e, assim, gostei de ver a evolução do Pedro e do Rodrigo. Cá estarei à espera da próxima história.
Demorou, mas agora é um por mês, certinho! (Espero eu! ?)