Vou já admitir: hoje venho gabar-me, mas não só. Um dos meus objectivos (estranhos) de vida era conseguir o nível máximo de proficiência em Inglês e finalmente cheguei lá. Acho que, no futuro, vou repetir o teste porque consigo melhor nota, mas finalmente posso dizer que tenho o nível C2 em Inglês.
O melhor disto é que fiz este teste gratuitamente e tenho um certificado que comprova o nível. Já tinha um certificado anterior, do nível C1, e foi aceite em várias candidaturas de emprego, portanto acredito que pode ser uma boa forma de atestar o nível de Inglês para quem não tem como pagar um exame (o meu caso).
O teste que fiz foi o Standard English Test, da EF – Education First. Até ao ano passado, data em que fiz o teste pela primeira vez, não sabia da existência desta ferramenta, portanto vou explicar-te como funciona e, no final, deixo-te algumas dicas para que consigas melhorar o nível de Inglês.
Os níveis do Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas
Já deves ter ouvido falar sobre o Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas (QECR). O QECR é um padrão reconhecido internacionalmente para avaliar a proficiência em determinado idioma. É uma escala europeia, mas cada vez mais aceite no resto do mundo.
O QECR é composto por seis níveis:
- A1 – Iniciante
- A2 – Básico
- B1 – Intermediário
- B2 – Independente
- C1 – Proficiência Eficaz
- C2 – Domínio Pleno
Estes níveis servem para todas as línguas europeias e muitas vezes é-nos pedido, em processos de recrutamento, que identifiquemos o nosso nível, principalmente se o cargo obriga a trabalhar com outras línguas.
Os testes da EF
A EF não me era estranha. Já a conhecia por causa dos intercâmbios que organiza, que permitem que uma pessoa vá estudar uma língua durante algum tempo para outro país. No entanto não conhecia os testes que têm e fiquei agradavelmente surpreendida quando os encontrei.
Quando acedes ao EF SET percebes que tens duas opções de teste: um quick check, de 15 minutos, e o EF SET, de 50 minutos. Cada teste é dividido em duas partes, uma de reading e outra de listening.
15 minutes Quick Check
- Este é um teste rápido, em que cada parte dura 7 minutos e meio;
- Para o fazeres não precisas de criar conta no site;
- O resultado é uma estimativa, por isso não te dá uma nota 100% certa.
50 minutes EF Standard English Test
- Cada parte dura 25 minutos;
- Precisas de criar uma conta no site para fazer o teste;
- Ficas com um certificado, que podes guardar e imprimir e adicionar ao LinkedIn.
Neste caso, acabei por fazer os dois para ter uma ideia de como era também o mais curto. No caso do teste de 15 minutos, o meu resultado foi 93%, algo que dá logo uma confiança extra para fazer o teste mais longo.
Para o teste mais longo sentei-me em silêncio, apenas com água ao lado. Cada parte tem a mesma duração e dá tempo para fazer tudo com calma. Neste caso consegui um 76 de 100. Não foi a melhor nota de sempre, daí a minha vontade de repetir o teste posteriormente, mas é uma nota que garante o nível C2.
Este teste não foi simples. Demorei-me e consegui fazê-lo calmamente, com tempo de sobra, mas tive algumas dúvidas e até temi pela minha nota. Exige concentração e calma, tal como um teste normal. No final, tens acesso ao certificado, em pdf, e a um link para o certificado, para que possas adicionar ao LinkedIn, caso pretendas fazê-lo.
Como melhorar o nível de Inglês
Quando andava no 1.º Ciclo quis ser professora de Inglês. Não faço ideia porquê, uma vez que não tive aulas de Inglês nessa altura. Mais tarde, a partir do 5.º ano e até ao 11.º, Inglês era sempre uma das minhas disciplinas preferidas na escola. Ainda empatou com Geografia no 7.º ou no 8.º ano, e com Economia no 10.º ano, mas era das disciplinas de que mais gostava, muitas vezes mais do que gostava de Português.
Aquilo que mais me ligava ao Inglês era a música. Queria compreender aquilo que era cantado e passava horas agarrada ao dicionário a traduzir letras de músicas de que gostava. Acho que foi graças a isso que melhorei o meu nível de Inglês fora das aulas. Na faculdade foi-nos atribuído no nível B2 do Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas (QECR) e foi na altura que comecei a ler livros em inglês, a juntar aos textos recomendados de algumas cadeiras académicas.
Já lia alguns blogs em inglês, via alguns vídeos em inglês e até conseguia acompanhar séries sem legendas, mas a partir daí fiz do Inglês a minha missão. Não queria o nível B2. Queria mais. No ano passado, em jeito de brincadeira e com pouca atenção, fiz o teste e consegui o nível C1. É bom, mas eu tinha metido na cabeça, há muito tempo, que o objectivo era o C2.
Apesar de, para mim, o Inglês ser algo presente há mais de metade da minha vida, há pessoas que não têm essa ligação com a língua e, por isso, sentem mais dificuldades. A pensar nelas ou simplesmente em quem quer aperfeiçoar conhecimentos, deixo algumas dicas.
Dicas simples para melhorar o Inglês
- Vai buscar os livros da escola;
- Experimenta o Duolingo;
- Ouve música e podcasts em Inglês. Se gostares da música, lê a letra e tenta compreender o que diz;
- Vê conteúdos em inglês com legendas em inglês ou sem legendas;
- Lê livros em Inglês. Se leres num e-reader, como o Kindle, tens a vantagem de ter um dicionário incorporado;
- Além de livros, lê blogs e/ou jornais escritos em Inglês;
- Procura alguém com quem falar nessa língua;
- Mantém alguma regularidade;
- Não te esqueças de que ninguém nasce ensinado.
Apesar de te estar a listar estas dicas para melhorares no Inglês, estas dicas resultam para qualquer língua. Tenho-as usado com italiano e espanhol, por exemplo, e é engraçado o quanto estar familiarizado com os sons e as palavras nos ajuda a aprender mais e melhor.
É uma língua em que quero/tenho que investir mais. E tenho tentado assistir a alguns vídeos em inglês ou, até, a ver episódios antigos sem prestar atenção às legendas, para ver se consigo compreender.
Sinto que esta publicação veio despertar a minha vontade de aprender!
Fico mesmo muito contente! Espero que estas dicas ajudem!