De Campeão

Cresci a ver na televisão os festejos do campeonato português de futebol. Durante anos sonhei com o dia em que ia poder viver os festejos em vez de simplesmente os ver. Demorou. Demorou tanto. Mas desta vez, finalmente, depois de anos, não vi os festejos na televisão. Desta vez, eu estava nos festejos. Primeiro nos Aliados, depois no Dragão. Viver os festejos do 30.º campeonato do Futebol Clube do Porto foi algo muito bonito, com muita emoção e cantoria à mistura.

Acredito que, para quem não gosta de futebol, seja um bocadinho difícil de compreender o que faz milhares de pessoas dirigirem-se a um local (dois, neste caso), para cantar um feito conseguido por um grupo de homens que correm atrás de uma bola. Mas já o disse muitas vezes: é sempre mais do que futebol. Há uma paixão envolvida (que por vezes ultrapassa os limites do aceitável, é certo), há um amor colectivo que nos faz olhar para aqueles homens de dragão ao peito e sofrer por eles e com eles.

Talvez dizer-te que, para mim, viver isto era um sonho de criança não faça sentido. Talvez te perguntes se não há paixões mais saudáveis para ter. Mas aquilo que te posso dizer é que a frase clichê de não se explica: sente-se se adequa na totalidade ao que o futebol nos faz. E quando nos juntamos para celebrar o que sentimos é tão bonito.

2 Replies to “De Campeão”

partilha a tua teoria...