Na última semana de Junho chorei todos os dias. O caos de Junho atirou-me ao chão e dei por mim a duvidar da minha capacidade para conseguir terminar o semestre com êxito. Não sabia o que esperar deste mês. Fui para o exame de dia 1 de Julho sem certezas do que quer que fosse e saí de lá a achar que ia chumbar e, se chumbasse, acho que desistia do mestrado porque estava exausta. Plot twist: tive 15. Terminei o último trabalho nesse fim-de-semana e depois parei… finalmente, parei.
Parar não foi logo positivo. Enquanto estava acompanhada ou ocupada a caminhar numa zona específica da Maia, estava tudo bem. Mas depois houve o dia em que acordei e estar sozinha me fez perceber que, assim, sozinha, não conseguia lidar com tudo o que estava a acontecer na minha cabeça. Fugi para casa, para a Lady, para a minha cama.
Eu precisava de parar, sim, e de pensar em várias coisas para tomar certas decisões, mas precisava de o fazer num lugar seguro. Foi nesse lugar seguro em que me mantive durante duas semanas, fechada, mal saindo de casa. Como contei há uns dias, aproveitei para fazer uma espécie de limpeza digital e para tomar decisões importantes, entre elas a de começar a preparar-me para mudar de cidade.
Algumas decisões ainda estão a marinar, porque não é o momento para elas, mas tornei este mês uma espécie de decide o que queres, trabalha para isso e aproveita o momento. Aproveitar o momento foi o que no dia 12 me fez abrir um ficheiro com parágrafos soltos e começar realmente a escrever um livro (vamos em 11 mil palavras), foi o que me fez de repente terminar de ler seis livros, foi o que me fez pegar no carro e vir para Gaia, ir à praia, começar a planear o resto do ano. De repente, numa semana, mudou muito na minha vida e enquanto continuo a lidar com o que sinto e com o silêncio, percebo cada vez mais que Agosto é um mês de recomeços e que tudo está a ir pelo caminho que eu queria seguir. Falta algo importante, é certo, mas tudo o resto está aqui à porta. Que sensação!
Favoritos de Julho
Um livro: Beach Read, da Emily Henry
Uma música: Fuga, de CASUAR:
Uma comida: a bowl de açaí do 7GRoasters, em Gaia
Um momento engraçado: percebi que estou totalmente conquistada pelo norte quando bebi uma cerveja Sagres e odiei o sabor (por comparação à Super Bock)
O momento: comecei realmente a escrever um livro
Na playlist deste mês, não há grandes novidades musicais, mas como voltei a ouvir podcasts incluí dois episódios de que gostei: um do Sobretudo sobre o sono e outro do Terapia de Casal gravado com a Tânia Graça sobre questões sexuais e afins.
Nunca duvides das tuas capacidades. Tu queres, tu consegues 😉