Já foi há uma vida que decidi que este seria o 9.º conto do projecto Conta-me Histórias. Okay, não foi há uma vida. Foi em Novembro. Mas ainda assim parece uma vida. Este conto já existia há uns anos, na altura em que participava no CPR – Grupo de Escrita Criativa e chamei-lhe “Nas Sombras da Cidade”, título que mantenho. Acrescentei-lhe apenas umas frases e decidi publicá-lo sem mais alterações. Se ainda não o fizeste, convido-te a:
Escrever thrillers é difícil, difícil
Talvez não te recordes ou não conheças o CPR, mas o grupo funcionava por temas. Era dado um tema e os participantes escreviam um texto de acordo com ele. O que motivou este conto foi terror. Já disse algumas vezes que não sou a maior fã de thrillers e livros de terror e, por isso, escrevê-lo foi um desafio difícil. Ainda assim, é algo que gostava de, no futuro, aprofundar, numa história mais longa.
Este “Nas Sombras da Cidade” é curto e rápido, mas sombrio. Representa aquele medo que já todas sentimos ao caminhar sozinhas à noite (ou mesmo de dia). Não que os rapazes se sintam sempre seguros, mas para as raparigas é diferente. Na altura vivia em Benfica e lembro-me de como me sentia sempre tão segura ao ir da estação de comboios para casa, mesmo na rua menos iluminada. No entanto, não deixava de seguir aqueles passos básicos: ir com a chave de casa na mão, não ouvir música, estar atenta e andar com o passo confiante de quem nada teme.
A história tem muito desta necessidade feminina de ter cuidado ao andar sozinha, o que é tão triste e revoltante porque uma mulher não devia sentir-se insegura sozinha.
O Conta-me Histórias passou para o blog?
Se bem te lembras, os contos deste projecto eram todos partilhados no Medium. No entanto, com o WordPress e as várias páginas em que tenho estado a trabalhar, decidi agrupar tudo no mesmo lugar, com uma forma mais prática de aceder a todos os contos. Podia mantê-los no Medium e remeter esta página para lá, mas não fazia sentido para o que pretendo. Por isso, transferi todos os contos para o blog e tratei de criar uma espécie de directório de contos. Ou seja, a partir de agora, podes aceder a todos os contos através da barra de navegação, no menu Escrita » Conta-me Histórias. Ou, de forma mais simples, clicando no botão abaixo:
Como podes ver nessa página, tens acesso ao conto e à respectiva publicação sobre ele e ainda incluí as datas dos próximos. E não, não me enganei: dia 1 de Abril, o conto de Natal, que tinha sido exclusivo para subscritores da newsletter, vai estar disponível para todos. Uma excepção que, para mim, faz todo o sentido. Também as publicações sobre os contos estão agora todas actualizadas e homogéneas, de forma a estar tudo em perfeita harmonia. Está tudo a ficar composto e bonitinho. Tal como eu queria.
É um género que adoro ler, mas, de facto, não é tão fácil para trabalhar, porque requer uma energia diferente. Acho que depende muito do tempo em que determinados detalhes aparecem [mais do que os restantes géneros].
Tenho que ir ler 😀
É verdade, os detalhes são ainda mais importantes nos thrillers e torna a escrita mais complexa.
Está tão simples, mas tão arrepiante… juro que senti o medo.
De facto, é impossível não nos identificarmos de certa forma com a personagem, tendo em conta que somos mulheres e já todas trememos por ter de ir a pé sozinhas nem que seja por meia dúzia de metros.
Adoro ler este género de coisas, por isso, gostei muito 🙂
Ai, muito obrigada! ?