Naquele momento, parecia magia. Parecia que todos os astros estavam na posição certa, a conspirar para que acontecesse de determinada forma. Daquela forma. Não sei se estava escrito nas estrelas ou se estava escrito no Douro.
Naquele 24 de Agosto, quando o FC Porto jogava na Luz, eu estava no Porto. Jantei uma francesinha no Café Santiago, com um dos funcionários a informar-me, feliz, que tinha havido um golo. Mais para o final haveria outro. Sempre quis estar no Porto em dia de jogo.
Naquele fim de tarde, enquanto nos encaminhávamos para a Ponte D. Luís e, depois, para Gaia, senti magia. Naquele momento tive a certeza de que íamos ser campeões. Era absurdo ter aquela certeza. O campeonato ainda mal começara. Mas eu tinha a certeza de que íamos ser campeões e de que em Maio eu ia estar nos Aliados a festejar aquele campeonato.
Não correu tudo como planeado. O campeonato não acabou em Maio e não há festa nos Aliados, mas o essencial aconteceu. E que caminho longo e difícil foi este! Não estive sempre convicta deste final. Houve alturas em que tudo parecia querer dizer-me que estava enganada, mas não estava.
Ainda não foi desta que vivi no Porto a felicidade de ser campeão, ainda. Mas somos campeões. Seja onde for, é sempre mágico, é sempre Porto.
Para saberes a história da fotografia que ilustra esta publicação, recorda aqui o roteiro do Porto.
[ainda não tenho palavras]
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