Uma das melhores coisas da minha infância foi ter crescido a ouvir uma pluralidade de artistas. Nunca senti que, musicalmente, houvesse limites para mim. Podia ouvir o que quisesse. Talvez isso explique a esquizofrenia musical que muitas vezes acontece naquilo que ouço. Para comemorar o Dia Mundial da Música, que se assinalou a 1 de Outubro, gostava de partilhar contigo cinco álbuns que mudaram a minha vida. Aceitas a banda sonora?
Abbey Road, The Beatles
Apesar de, no conjunto de temas feitos pelos The Beatles, a Let It Be ser a música que ocupa o lugar principal no meu coração, quando se fala de álbuns, por mais ingrato e difícil que seja, acredito que Abbey Road é incontornável. Os Beatles têm um papel de conforto na minha vida. São aquele raio de sol quentinho num dia frio.
A escolha deste álbum para esta lista e não de outro qualquer da banda prende-se apenas com o carácter icónico deste trabalho. É impossível olhar para esta capa e não saber exactamente de que se trata. Além disso, mostra o quanto os Beatles estavam à frente do seu tempo: fotografias a atravessar uma rua para mostrar o look do dia? Eles fizeram-no primeiro!
Rock In Rio Douro, GNR
Coisas que herdei da minha mãe: miopia, astigmatismo, amor pelos GNR. Brincadeiras à parte, cresci a ouvir GNR. São a banda preferida da minha mãe e, por isso, sempre foram banda sonora obrigatória em casa, o que talvez tenha tornado inevitável que eu ficasse fã do grupo.
A escolha do Rock in Rio Douro é puramente pessoal: é o meu álbum preferido da banda. Tenho temas preferidos espalhados por toda a discografia, mas este álbum é o conjunto que mais me fascina, algo que aconteceu depois de muitos anos. Quando era pequena, o lugar era reservado ao Popless, cuja capa ainda adoro.
Hybrid Theory, Linkin Park
Não consigo imaginar que pessoa seria hoje se os Linkin Park nunca tivessem entrado na minha vida e, honestamente, também não quero imaginar. Certamente, seria uma pessoa pior. Em muitos momentos, acho que foram eles que me salvaram. Com isto, era impossível falar de álbuns da minha vida sem falar de Linkin Park e, claro, o álbum a incluir tinha de ser o Hybrid Theory.
Além de ser o primeiro álbum da banda, também foi o álbum com que comecei a ouvir banda e é um marco musical. Disco de Diamante nos Estados Unidos, meus caros!
AM, Arctic Monkeys
Chegámos à parte dos álbuns que associo a períodos muito específicos da minha vida e que, obviamente, têm de estar nesta lista. É o caso do AM, o álbum de 2013 dos Arctic Monkeys. A banda acompanhou-me durante o secundário, por influência de um dos meus amigos da altura, e depois tive a sorte de começar a universidade quando AM saiu.
Associo sempre este álbum ao primeiro ano de licenciatura, às longas viagens de metro entre a residência e a ESCS, às tardes passadas a estudar no Starbucks do Chiado (um bocado pretensiosa), àquele coração despedaçado e às saudades de casa. Não gostava de voltar a ser aquela pessoa, mas continuo a gostar muito da banda sonora.
1989, Taylor Swift
Quase um ano separa o 1989 do AM e é curioso porque parece muito mais. Entre 2013 e 2014 mudou tanta coisa que acho que a noção temporal se perdeu para mim. Hei-de falar em breve de como o RED foi um momento de mudança musical na minha vida, mas o 1989 é um dos meus trabalhos preferidos da Taylor e um dos meus álbuns preferidos de sempre.
O 1989, para mim, é uma representação do que foi entrar nos 20s, de libertação de traumas e corações partidos, de tentar dar o melhor, esperar o melhor. Foi mesmo encontrar o país das maravilhas.
Adoro o álbum que escolheste dos GNR [que também é uma das minhas bandas favoritas] e dos Arctic Monkeys!