Não há uma forma de dizer isto que não seja aterradora: estamos em Agosto. Como? Não sei, mas tenho estado a perguntar-me o mesmo. Como já vem sendo tradição, o início de um novo mês traz livros. Desta vez, aliás, traz Junho e Julho em livros.
Em Junho comecei a trabalhar e, por isso, tive de vir para Lisboa. Mais um desvio no caminho. Passei três semanas a viver, provisoriamente, em Massamá. Mudei-me para a bela freguesia do Beato. Acabei a 8.ª temporada de Suits, voltei a usar uma agenda física e a ter um cartão bancário (estive três meses sem cartão, acreditam?).
Pelo meio destes dois meses, voltei às Azenhas, fui ao Cabo da Roca, à praia de Santo Amaro e aos kebabs no Martim Moniz. Aprendi a dizer obrigada e um palavrãozinho em árabe. Em Junho li menos, em Julho voltei a ler mais. Tive de me organizar para ser freelancer enquanto trabalho, no mínimo, oito horas por dia. Vieram os dois primeiros ordenados e três batons para comemorar. O blog comemorou 4 anos no ar e mudou-se para o WordPress, com uma newsletter!
Com isto tudo, só falta mesmo resumir Junho e Julho em livros!
O que li
Em Junho…
Em Junho só terminei três livros. O primeiro foi uma pequena desilusão chamada The Defining Decade, da Meg Jay. Honestamente, pensei que ia ser um livro com que me ia conseguir identificar, já que é supostamente sobre ter entre 20 e 30 anos. Mas isso não aconteceu. Houve algumas partes que me chatearam porque parecia que todas as questões se resolviam se pensássemos em casar. Não recomendo (o livro; o casamento não sei).
O livro que se seguiu foi o badalado Raparigas como nós, da Helena Magalhães. Deste gostei bastante e fiquei muito contente porque finalmente temos um livro excelente como referência no mercado young adult português. Se ainda não leram, prometo que vale a pena.
Por fim, li o Bad Feminist, da Roxane Gay. Este não foi um livro brilhante, mas foi uma leitura boa. Foi a minha escolha para ler autores negros no mês de Junho do The Bibliophile Club e foi um livro que me deu algumas coisas em que pensar.
Em Julho…
Li tanto em Julho, mas ainda nem falei de nenhuma das leituras. O primeiro livro terminado vinha de Junho e foi o Vida Organizada, da Thaís Godinho. Não adorei, mas achei um livro cheio de dicas interessantes. Nem todas se aplicam à minha vida, mas algumas têm resultado comigo. No entanto, há outro livro da Thaís, sobre trabalho organizado que quero ler. Esse acho que será mais útil.
Seguiu-se o Feminismo para os 99%, da Cinzia Arruzza, Tithi Bhattacharya e Nancy Fraser. Li-o numa tarde, porque é mesmo um livro pequeno. No entanto, é um livro que marca, com vários tópicos para um manifesto sobre o feminismo e a necessidade dele nos dias de hoje.
O que me fez querer ler o An Absolutely Remarkable Thing, do Hank Green, foi o título. Engracei com ele e decidi que queria ler. Uma promoçãozinha na Amazon permitiu-me comprar o ebook a menos de dois dólares. Não ia com grandes expectativas em relação ao livro, mas acabei surpreendida pela positiva.
E ainda mais…
Seguiu-se o Equador, do Miguel Sousa Tavares. Era a minha escolha para o Uma Dúzia de Livros de Junho, mas realmente só consegui terminar perto do final de Julho. Nunca tinha lido Miguel Sousa Tavares nem vi a série baseada neste livro. Por isso, não sabia que a primeira metade do livro me ia chatear por parecer mais parada e que a segunda me ia deixar desejosa de ler por ter tanto a acontecer. E o final! Bem, o que dizer de um final daqueles?
Li também o Reduto Quase Final – seguido de Discurso de Alfredo Marceneiro a Gabriel Garcia Marquez, do Dinis Machado. Não chegou para dois dias e foi um livro de que gostei bastante, com textos curtos e maravilhosos do Dinis Machado. Depois deste optei por ver um outro livro, chamado Porto Seasons. Sim, eu disse ver. Este é um livro de fotografia, que capta a cidade do Porto ao longo de um ano, pela lente do Sérgio Fonseca. É um livro com uma beleza e magia que só o Porto consegue transmitir.
Para terminar o mês… uma releitura: O Amor é Fodido, do Miguel Esteves Cardoso. Foi a minha escolha para o mês de Julho do Uma Dúzia de Livros e foi muito bom voltar ao MEC. Estou a contar partilhar mais sobre este livro e o de Junho, só espero conseguir.
Para Agosto
Para já, só consigo garantir uma leitura em Agosto: Uma Educação, da Tara Westover. É a minha escolha para o Uma Dúzia de Livros. Acho que, depois deste, vou ler Colleen Hoover (Isto Acaba Aqui) e possivelmente um livro sobre poupança e o da Joana Marques (O Meu Coração Só Tem Uma Cor). Vamos ver o que me apetece.
A semana passada foi um bocado atribulada e, por isso, continuo atrasadíssima em tudo o que quero fazer aqui no blog. No entanto, esta semana vai sair a primeira newsletter. Se ainda não subscreveram, estão à espera de quê?
Aproveito para vos dizer que esta quinta-feira, dia 8 de agosto, às 11h vou ser convidada do #twitterchatpt. Se puderem, participem. A conversa vai ser sobre blogging e comunidades.
Agora que já leram isto tudo, e porque continuam desse lado mesmo com conteúdos a surgir a conta-gotas: shukraan.
Foram dois meses em rodopio! Quase que nem se dá pelo tempo a passar ?
Curiosamente, fiz o caminho inverso, digamos assim: em junho até li bastante, mas em julho só li três livros. Dos que mencionaste, adorei Equador [que tenho pena de ainda não ter na minha estante] e O Amor é Fodido. Tenho Raparigas como Nós para ler [queria ver se o abraçava ainda este mês] e quero ver se compro o livro da Joana Marques [aliás, ambos].
Como resistir a batons? ahahah
Espero que tenhas um agosto maravilhoso!