Conta-me Histórias: Aquele Verão

O décimo primeiro conto do Conta-me Histórias foi, para mim, o que o The Winds of Winter está a ser para o George R.R. Martin, embora numa escala mais curta. Comecei a escrever este conto em Maio, com o objectivo de o tornar o conto de Junho. Rapidamente percebi que era melhor deixá-lo para Julho. Ui, mas Julho não dava porque era para o Teremos Sempre Qualquer Coisa. Pronto, fica para Agosto. Okay, não vai ser para Agosto. Setembro? Outubro? Novembro? Ai, socorro! Acabou de ver a luz do dia. Se ainda não o fizeste, começa por:

A história

Com todas as voltas que pudeste ver que isto deu, podes também imaginar que a história foi mudando. O meu objectivo era escrever um conto estival, uma história leve, com cheiro a protector solar e cloro. A ideia era só essa. Ir para uma história de Verão, sem grandes dramas. No entanto, as coisas foram mudando.

Esta foi a última frase que escrevi no conto, naquela altura: «É uma distracção do mundo. Às vezes preciso de me distrair. Se todas as noites fossem como esta, por exemplo». Assim mesmo, sem a terminar. Honestamente, quando peguei nele meses depois não sabia para onde queria ir porque nunca tinha sabido para onde queria ir. Então fui para aquilo que hoje, no dia 19 de Março de 2020, fazia sentido.

É impossível saber que caminho teria seguido se tivesse escrito Aquele Verão todo de seguida e este tivesse sido o conto de Junho. No entanto admito que estou muito contente por este ter sido o resultado.

Alguns pormenores d'Aquele Verão

Os nomes das personagens foram totalmente escolhidos por seguidores meus. Os primeiros foram escolhidos no início do projecto, através de sugestões que me foram deixadas do Instagram. O nome Olívia, por exemplo, foi sugestão da Letícia. Já os últimos, os dos filhos, vieram de sugestões deixadas mais recentemente, no Twitter.

A Cidade-Mais-Aborrecida é, claro, uma hipérbole daquilo que tantas vezes Trancoso parece ser. Também a outra cidade onde o grupo vai passar o fim-de-semana poderia ser sobre Trancoso, que por vezes ganhava vida com festas de adolescentes.

Este é o maior conto a ser publicado em toda a temporada do Conta-me Histórias. Duas mil e tal palavras, nove páginas de Word. Demorou, mas acho que valeu a pena.

O próximo conto chega dia 25 de Março e é o último. Até lá, podes ler ou reler os anteriores aqui.

6 Replies to “Conta-me Histórias: Aquele Verão”

  1. Gostei imenso, tão bonito.
    Obrigada por partilhares connosco estes contos todos os meses. Ainda para mais numa altura em que só nós queremos alhear da realidade.
    Beijinhos!

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