Quando falei dos livros que queria ler durante o Verão e disse que me deviam proibir de comprar livros eu não estava totalmente a brincar. Apesar de não andar a comprar livros feita louca, a verdade é que já comprei vários livros este ano, maioritariamente físicos — algo que não acontecia há muito tempo —, e tenho-me visto novamente com demasiados livros novos a ficar para trás, fora todos os outros que já estavam em espera. Também não ajuda o facto de ter arranjado vários ebooks de forma menos legal, mas desses não vamos falar para não vires dizer que estou a incentivar pirataria.
Como estou em book buying ban até à Feira do Livro do Porto, que será ali algures entre o fim de Agosto e o início de Setembro, achei que esta era a publicação ideal para falar das minhas últimas compras literárias, de como vão os objectivos literários para 2022 e estabelecer aqui algumas questões sobre este book buying ban.
Book Haul: As compras literárias de 2022
Entre promoções, saldo a expirar e algum descontrolo, admito, na primeira metade de 2022 comprei vários livros físicos. Nos últimos anos, as minhas compras literárias estavam maioritariamente no campo dos ebooks, mas, ultimamente, as versões em papel têm ganho… mas não muito, porque os livros estão cada vez mais caros. Sem as promoções ou saldo extra (incluindo de quando usas o meu link de afiliado Wook) seria difícil.
Ebooks comprados em 2022
Nas listas daquilo que comprei não incluo aquilo que já li, porque, pronto, já está, mas, no caso dos ebooks, só comprei mesmo seis, todos a menos de 2 dólares, como sempre — a contar com o The Switch, da Beth O’Leary, que ficou a meio porque não estava a gostar, e o conto My Evil Mother, da Margaret Atwood, que li assim que comprei e do qual gostei bastante, apesar de não ser bem o meu género.
- Queenie, Candice Carty-Williams
- Come as you are: The story of Nirvana, Michael Azerrad
- One Italian Summer, Rebecca Serle
- Seven Days in June, Tia Williams
Livros físicos comprados em 2022
Não me lembro de ter tantos livros físicos novos desde que trabalhava na Bertrand… e esses não eram bem comprados. Claro que alguns foram compras para o mestrado, como é o caso do primeiro livro da lista (que ainda não terminei), mas muitos foram mesmo compras por paixão (ou por impulso, vá) ou por saldo a expirar.
- O Museu da Rendição Incondicional, Dubravka Ugrešić
- O Estrangeiro, Albert Camus
- Os Melhores Anos, Kiley Reid
- As Margens e a Escrita, Elena Ferrante
- A Amiga Genial, Elena Ferrante
- Kim Ji-young, Born 1982, Cho Nam-ju
- The Vanishing Half, Brit Bennett
- Um Quarto Só Meu, Virginia Woolf
- Devoção, Patti Smith
- A Arte do Romance, Milan Kundera
- As Raparigas de Papel, Louise O'Neill
- Songs in Ursa Major, Emma Brodie
Além destes, comprei a versão física, em inglês, dos três livros da Sally Rooney, porque, pronto, queria mesmo ter versão em papel para reler e sublinhar tudo. 🥺
E os objectivos literários para este ano?
No início do ano, partilhei que na minha lista de objectivos tinha dois itens literários: ler 40 livros e que dois desses livros fossem livros do Gabriel García Márquez que eu nunca tivesse lido. Ambos estão muito bem encaminhados: no dia em que estou a escrever esta publicação já li 37 livros e um deles era do Gabo, por isso tudo orientado.
Plano de ataque para este book buying ban
Decidi que os livros comprados este ano são prioridade neste momento. Não significa que me vá focar apenas neles, porque tenho ali dois ou três ebooks que quero ler primeiro, mas tenho de dar algum vazão a estes livros novos e, por isso, sei que me quero focar maioritariamente nestes livros. Para já, vou seguir o que tenho planeado na TBR do Verão 2022, depois logo se vê.
Além disso, por estes dias, tenho estado em casa, de férias, e acabei por dar uma pequena arrumação nos meus livros e separei alguns livros para vender ou doar. Segui a onda e revi todos os livros que tinha na estante want to read do Goodreads e retirei cerca de 150 livros de lá. Havia muitos livros que tinha adicionado há muito tempo e que hoje já não me interessam e outros que tinha adicionado por algum tipo de fear of missing out só para perceber o facto de estarem tão na moda.
Aquilo que quero até à Feira do Livro do Porto é não comprar livros (físicos ou ebooks) nem arranjá-los de forma menos legal. Agora é mesmo para ler o que já tenho por cá. Na Feira do Livro sei que também não devo comprar muita coisa, mas há um livro que quero comprar em formato físico nessa altura, apesar de ser fora da Feira do Livro: Conversations on Love. Depois da Feira do Livro entrarei novamente em book buying ban até Novembro, porque, como faço anos, acabo sempre por me oferecer um livrinho ou dois. Para já, é mesmo ler alguns da tonelada de livros que há por estes lados.
Vai com tudo 😀