Será que 5 minutos chegam para decidirmos o que achamos de outra pessoa?

É oficial: estou a rever How I Met Your Mother. Acho que é a sexta ou sétima vez que vejo a série completa, mas pode ser mais do que isso, porque às vezes vejo episódios soltos. Rever HIMYM tem sido uma mina de ideias, porque muitos dos temas nunca chegaram aos meus blogs e os que chegaram ficaram pelo anterior. Um desses temas é a Lemon Law.

O que raio é a lemon law?

lemon law é algo que existe nos Estados Unidos e noutros países. Esta lei tem como objectivo compensar os consumidores quando um produto falha em cumprir os níveis de qualidade e performance. Normalmente, aplica-se aos carros, mas pelo que percebi pode relacionar-se com outro tipo de produto.

Em How I Met Your Motherlemon law não tem a ver com produtos mas com primeiras impressões. No episódio 8 da primeira temporada, o Barney apresenta ao grupo esta nova teoria, a que chama lemon law. De acordo com a teoria, só são precisos 5 minutos para se perceber se queremos envolver-nos com alguém. O episódio acaba por dar uma volta e a Robin, para provar que o Barney está errado, aceita jantar com um rapaz nerd.

Se na série o assunto pende para engates, aqui vamos um bocadinho mais além: será que cinco minutos chegam para determinar o que achamos de uma pessoa? A resposta não é simples. 

A importância das primeiras impressões

Em circunstâncias normais, acredito que cinco minutos não chegam para decidir o que achamos de uma pessoa, mas há um mas. Ou vários. Às vezes cinco minutos são o suficiente para sabermos que a atitude certa é fugir. Por vezes a correr.

Imagina que conheces alguém e logo nos primeiros cinco minutos a pessoa te diz que o lugar das mulheres é em casa ou que acredita nos valores daquele partido que começa por C e acaba em “hega” ou que é o Benfica? Pronto, se for do Benfica ainda podes dar o benefício da dúvida, mas queres mesmo continuar uma conversa com alguém que defende aquele partido?

A primeira impressão, aqueles cinco primeiros minutos, podem determinar se continuamos ou se terminamos a conversa. É impossível negar que a impressão que alguém nos deixa tem implicações. Claro que umas vezes a impressão está correcta e outras vezes não, mas não deixa de ter implicações.

Quantas vezes uma pessoa nos deu a impressão de não ser grande coisa e depois se revelou porreira? E quantas vezes aconteceu termos a impressão de que alguém é porreiro e, na verdade, aquela pessoa não prestava? Se calhar cinco minutos não chegam para perceber quem é a pessoa, mas chegam para perceber se vale a pena tentar perceber. Acho que é essa o verdadeiro objectivo das primeiras impressões: são elas que determinam se vale ou não a pena tentarmos perceber se aquilo que achamos corresponde à realidade. E, sejamos sinceros, às vezes não vale a pena.

One Reply to “Será que 5 minutos chegam para decidirmos o que achamos de outra pessoa?”

  1. Sinto que também dependerá sempre das nossas intenções face a determinada pessoa. Isto é, se pretendemos um relacionamento casual, de uma noite, algo nesse sentido, ou, então, se estamos à procura de um compromisso mais sério. Portanto, esses cinco minutos podem mesmo fazer a diferença. Apesar de tudo, é importante não esquecermos que as primeiras impressões nem sempre são as mais corretas.
    Este tema é mesmo complexo. Porque se, por um lado, acredito que cinco minutos não nos permite conhecer verdadeiramente alguém, por outro, acho que ajudam a organizar algumas fronteiras. E é como tu referes, ajudam-nos, essencialmente, a perceber se queremos continuar a conhecer aquela pessoa ou não

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