2020 foi um ano diferente. Atípico, como muitos dirão, mas, sobretudo, foi um lado muito ligado à introspecção e à reflexão. Foram estes dois factores que deram o pontapé de saída para aquilo que acredito que 2021 vai trazer.
No episódio desta semana do podcast reflecti um bocadinho sobre o ano e disse que, apesar de tudo, não podia considerá-lo um ano mau. A verdade é que comecei o ano com alguma esperança, mas rapidamente percebi que ia ser um ano difícil. Nos primeiros meses, antes de o coronavírus criar uma pandemia e depois de o fazer, senti-me muitas vezes a regredir a nível de saúde mental. Sentia, no fundo do meu ser, que não ia ser o ano em que ia conseguir o que queria… por isso só podia trabalhar para o conseguir a seguir.
2020 foi difícil, sim. Mas foi melhorando. É injusto e egoísta dizer isto quando tantas pessoas perderam muito à custa da pandemia. Mas seria hipócrita se não viesse aqui de coração cheio agradecer a oportunidade que 2020 me deu: a de aprender, a de trabalhar e a de começar a construir o caminho que não encontrava há tanto tempo.
Cumpri poucos dos meus objectivos, mas falaremos disto depois. No entanto não falhei naquele que mais queria ver no fim do ano: consegui um segundo de cada dia de 2020. Não é um vídeo perfeito, mas já o vi duas vezes hoje e não consigo não sorrir. Sinto-me mesmo agradecida, como não me lembro de alguma vez me ter sentido num fim de ano.
Sinto-me agradecida porque estou a juntar dinheiro para pagar, sozinha, um dos meus maiores sonhos e objectivos. Agradecida porque, que eu saiba, nem eu nem a minha mãe tivemos Covid em 2020. Espero que continuemos assim. Agradecida porque estou a trabalhar num projecto que sinto que vai realmente fazer a diferença. Sinto-me agradecida porque sei que 2021 vai ser um ano de grandes mudanças e estou desejosa de que elas cheguem: vai ser do caraças.
Claro que 2020 teve as suas adversidades e os seus problemas. Fiquei sem trabalho antes da pandemia e mantive-me assim durante vários meses. O mundo perdeu o Kobe Bryant, o Pedro Lima, a Diana Rigg, o Kirk Douglas e o Carlos Ruiz Zafón. Um vírus estranho vindo da China mandou-nos para casa e deixou-nos na incerteza.
Mas 2020 também trouxe lutas importantes. Houve projectos sobre a eutanásia aprovados no Parlamento e, entre racismo no futebol e violência policial, o movimento Black Lives Matter tornou-se ainda mais presente no nosso ano. Ainda há muito trabalho pela frente, mas acho que podemos ficar todos orgulhosos disto.
Pessoalmente, foi um ano de festejos futebolísticos: primeiro, o campeonato; depois, a Taça de Portugal; por fim, a Supertaça. Sofremos, mas fomos bem recompensados. Sem público nos estádios, é certo, mas supercampeões.
Em 2020 gostei de escrever…
Em 2020 voltei a ver os GNR ao vivo, desta vez no Coliseu dos Recreios. Dias depois rumei ao Sátão para assistir a uma masterclass de maquilhagem dada pela Helena Coelho. A Helena Coelho havia de se tornar uma figura importante no meu ano, não pelas capas e polémicas, mas porque os treinos dela e do Paulo me fizeram voltar a treinar (e gostar!).
Passei muito tempo com a minha mãe. Provavelmente, mais do que alguma vez tinha passado. Vimos séries e filmes e consegui convencê-la a ler… e ela leu!
Em 2020 gostei de escrever…
Quando digo que 2020 foi um ano de introspecção quero dizer que passei muito tempo a olhar para dentro, a pensar na minha vida e na minha família e a planear e construir futuros. Passei muito tempo a esforçar-me pela minha saúde mental e a tentar que o que faço da vida tivesse significado.
Passei muito tempo a pensar nos caminhos que tenho de seguir, nas coisas que tenho de deixar, nos corações partidos que não posso mais chorar. Se calhar foi um ano em que me tornei mais egoísta, mas tinha de o fazer. Tinha de parar de colocar sempre os outros à frente do que eu quero, do que eu faço.
Em 2020 gostei de escrever…
Claro que entrei várias vezes em conflito comigo mesma. Senti-me muitas vezes em encruzilhadas ou sem saber se o que estava a fazer era o correcto: mas será que sabemos sempre?
2020 trouxe incertezas, claro, e foi, globalmente, difícil. No entanto espero que tenha sido o mal necessário para conseguir chegar a lugares melhores. Mesmo a nível de escrita e do blog, não foi um ano tão produtivo e certo como eu achei que seria. Mas estamos cá para melhorar, não é?
Em 2020 gostei de escrever…
Talvez devesse sentir-me pior por ter falhado em 90% dos meus objectivos do ano, mas se houve uma coisa boa que a pandemia trouxe foi desculpar a inércia e permitir parar. Claro que fiquei frustrada, principalmente pelo grande objectivo que tinha, mas que mais podíamos fazer num ano como este? Foram mais as pessoas a perder trabalho do que as pessoas a encontrá-lo.
Eu encontrei-o. Ou melhor: o trabalho encontrou-me. Não foi o ideal, mas foi um princípio. Claro que não é um trabalho que quero para a vida, mas é um trabalho que me permite traçar a vida. Lidar com pessoas continua a ser difícil, mas é um bom treino para se ter.
Em 2020 gostei de escrever…
Tenho muito que trabalhar em 2021. Tudo o que espero de 2021 só virá com muito trabalho e estou preparada para isso. Estou realmente preparada para 2021. Aconteça-lhe o que acontecer. Daqui a um ano quero dizer-te que 2021 foi o ano das mudanças. E elas começam já hoje.
Bom ano Sofia e já agora parabéns pelo podcast 😉
2020 foi um ano cheio em muitos sentidos. Apesar de tudo, tenho muita coisa a agradecer ao ano que passou (e às vezes também sinto que é um pouco egoísta dizê-lo, quando vejo tanta gente a queixar-se do péssimo ano que teve). Espero que tenhas um ótimo 2021 😀
2020 foi intenso, duro e muito desafiante. No entanto, é bom perceber que, apesar de tudo, ainda foi uma porta aberta para algumas conquistas e descobertas. E acredito que cada pedaço dos seus fragmentos contribuíram para compreender aspetos pessoais e perceber qual o passo seguinte – ou, pelo menos, deixou-nos um passo mais perto disso.
Que 2021 seja inspirador e que traga mais metas alcançadas. Estou deste lado a torcer por ti <3
Que 2021 seja um ano de muitas conquistas! Apesar de tudo o que houve em 2020, trouxe-nos a pausa que tanto precisávamos, para refletirmos sobre o que queremos ser e o que queremos fazer. Beijinho
Adoro o facto de a Lady estar tão presente nesse vídeo…. Juro!!! ?
2020 foi, sim, um bom ano, apesar de tudo. Para mim, pelo menos, foi deveras impulsionador, de uma importância que nunca consigo esclarecer na íntegra… Ficar-me-á para sempre marcado!
2021 promete imenso. E a melhor atitude é a de abrir os braços e aproveitar todos os desafios, aprendendo com eles.
Beijocas,
LYNE, IMPERIUM BLOG // CONGRESSO BOTÂNICO – PODCAST